Nutrição II

sexta-feira, 7 de março de 2014

Teste sobre a Nutrição
nutricaoNão é fácil abordarmos os problemas da alimentação sem colidirmos com todo o conceito de hábitos, variáveis de região para região, e que forçosamente devem merecer toda a nossa atenção numa análise objectiva. Se as populações que habitam a zona costeira têm por hábito uma alimentação rica em peixes e seus derivados, não nos parece muito lógico aconselhar-se-lhes outro tipo mais diversificado de refeições. Da mesma forma, para um habitante de um grande centro urbano, não será racional recomendar-lhe um almoço calmo quando, regra’ geral. ele dispõe apenas de uma hora para ingerir qualquer coisa e quase sempre em ambientes pouco propícios. Para o adepto da corrida e para o desportista em geral, surge então o problema de como melhorar a sua dieta, independentemente do local em que vive e da influência exercida pelos campeões e pelas novidades alimentares.
Uma conhecida firma norte-americana obteve bons lucros ao importar leite de rena da Finlândia e vendendo-o aos corredores, convencidos de uma melhoria imediata de forma, principalmente depois das declarações bombásticas do super-campeão finlandês Lasse Viren, o qual, interrogado após a obtenção da sua quarta medalha de ouro olímpica, não vacilou em afirmar que os seus êxitos eram fruto de ingerir todos os dias leite de rena ao pequeno almoço. Outros exemplos poderíamos citar e ao nível da nutrição não é pelo facto de um atleta andar durante uma semana a comer flocos de aveia que os bons resultados aparecem. A alimentação e as modificações que lhe podem ser feitas só assumem aspectos válidos num equilíbrio dietético quando realizadas durante um certo tempo.
Será, então, que o desportista não pode começar hoje mesmo a modificar gradualmente os seus maus hábitos alimentares? Claro que sim, como é evidente, e nesse sentido julgamos oportuno repensar em certos aspectos mais importantes, quase sempre propícios ao aparecimento de dúvidas.
1- Será que a laranja e o limão são os únicos alimentos ricos em vitamina C?
Falso. Existe toda uma série. de alimentos em cuja composição aparece a vitamina C e no quadro anexo poderemos verificar muito facilmente o teor, em miligramas, desta vitamina noutros produtos. A título de informação, podemos dizer que as necessidades diárias de um adulto rondam as 60 mg. de vitamina C. Note-se que é errado ingerir pastilhas e cápsulas com elevada percentagem de vitamina C concentrada, dado que, o nosso organismo, não se encontra preparado para assimilar tal dose elevada. Assim, a maior parte destas cápsulas são apenas válidas em certo grau dado que o excesso é eliminado pela urina.
2- O pão e os cereais são as principais fontes de vitaminas e sais minerais?
Exacto. Certas pessoas esquecem-se ou evitam ingerir alimentos deste tipo, pois desconhecem qual a importância que os mesmos assumem numa dieta equilibrada. Os cereais integrais são ricos em ferro, magnésio, vitamina 8-6 e toda uma gama de minerais essenciais. Se é certo que a maioria dos produtos que encontramos nos locais de venda se apresenta em estado refinado, existe hoje em dia uma preocupação a nível de exigências de confecção, tendente a equilibrar, tanto quanto possível, os alimentos destinados a consumo. Coma, de preferência, produtos no seu estado integral e nunca se esqueça dos cereais.
3 – Como é sabido, atingida a idade adulta, o sistema ósseo está completamente formado. Assim, será que não é necessário ingerir mais alimentos ricos em cálcio?
Falso. Os seus ossos não são nenhuma pedra dura. O cálcio que possuem encontra-se em constante fluxo e é continuamente depositado e dissolvido no tecido ósseo, em cada minuto da sua vida. Se existir uma deficiência alimentar ao nível deste mineral, as possibilidades de fractura serão maiores nos atletas e as chamadas microfracturas podem anular o trabalho de uma época. Em média, um adulto necessita de 800 miligramas de cálcio por dia e é absolutamente errado afirmar-se que apenas as crianças precisam deste mineral para o seu equilíbrio fisico
Nos corredores, há que dedicar particular atenção a possíveis microfracturas, sobretudo na região do pé. Atletas de alto nível ou até mesmo veteranos podem contrair facilmente lesões deste tipo, bastando, para tal, que utilizem com frequência percursos acidentados. Nem sempre os atletas detectam a origem de pequenas dores localizadas e quando julgam tratar-se de vulgares lesões, esquecem-se que as microfracturas podem surgir facilmente quando a alimentação diária apresenta lacunas ao nível do cálcio.
4- Será que podemos guiar a nossa dieta alimentar através do nível de calorias dos alimentos?
Em certa medida, sim. Sob o ponto de vista de alimentação, alguns autores recorrem a uma tabela geral baseada no valor teórico das calorias existentes em 100 gramas de alimento para aconselhar, tanto aos desportistas como aos não praticantes, muito cuidado no que se refere à quantidade e não à qualidade dos alimentos ingeridos. No quadro anexo apresentamos uma grande amostragem da maioria dos alimentos vulgarmente utilizados. Para o corredor, alguns especialistas aconselham um total de 4000 calorias diárias como número ideal para uma alimentação perfeita. Contudo, outros, como o Dr. Van Aaken, preconizam apenas 2500 calorias. Uns apontam, como exemplo comprovado, os corredores norte-americanos e do leste europeu, os quais, ao longo da sua vida desportiva, consomem um número bastante elevado de calorias; outros indicam os franzi nos atletas africanos e sul-americanos (N. R. – E porque não portugueses?) que, apesar de durante a sua existência e principalmente durante o seu crescimento, lutarem com carências alimentares – portanto, com uma alimentação diária de baixo teor calórico – conseguem conquistar os resultados com que frequentemente nos brindam.
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5- O ferro é o único mineral que a mulher precisa ingerir em maior quantidade que o homem?
Certo, com excepção durante o período de gravidez. Ao sexo feminino lembra-se a necessidade diária de 18 mg de ferro, enquanto que o masculino precisará apenas de 10. Infelizmente, os alimentos ricos em ferro são escassos, apresentando as ostras 10 mg, o fígado 8, as uvas 4, etc. Não é por acaso que, cada vez mais, aparecem pílulas de ferro, exactamente para suprirem possíveis deficiências. Certos nutricionistas recomendam aos corredores uma particular atenção quanto à procura de um tipo de alimentação rica em ferro, pois aponta-se que para uma melhor fixação de oxigénio ao nível das células é vital ao desportista um bom equilíbrio deste mineral.
6- Será importante ter refeições a horas fixas?
Certo. Embora a vida moderna não permita, muitas vezes, seguir esta regra, a realidade é que este será o conselho dietético mais importante, não esquecendo, igualmente, que se deve beber muito pouco ou quase nada durante as refeições, mastigar os alimentos de maneira lenta e, muitas vezes, para além da conveniência de se escolher dietas que estejam de harmonia com o nosso gosto e preferência. Sob o ponto de vista da saúde e bem-estar da população, a alimentação racional assume cada vez mais importância social. Uma campanha de divulgação dos benefícios de uma alimentação deste tipo, feita nos Estados Unidos, proporcionou uma quebra das doenças cardíacas e vasculares da ordem dos 30% e em traços gerais ela limitava-se a aconselhar uma redução drástica no consumo individual de gorduras, fritos, refrigerantes gasosos e de álcool.
7- O arroz e o feijão podem constituir um bom substituto da carne?
Certo. Tanto a carne como os alimentos citados são ricos em proteínas (ver os artigos publicados nos números. 2 e 3, da autoria do prof. Alberto Machado). Podemos encontrar alimentos deste tipo, quer ao nível animal (carne, peixe, ovos, leite, queijo, etc.). quer ao nível vegetal (arroz, feijão, etc.). Se é certo que alguns corredores são vegetarianos, estamos em crer que o ideal será uma combinação de pratos em que a variedade vá ao encontro dos gostos de cada um.
(Tradução e adaptação de Lourdes Machado)
 

Suplementos Desportivos / Nutrição Desportiva

Uma boa nutrição é uma parte essencial de todos os programas de exercício. Quer faça exercício regularmente para manter a forma, treine com pesos ou pratique desporto de competição, precisa de uma dieta saudável, adequada ao seu regime de exercício. O quê, quanto e quando come e bebe faz uma grande diferença no seu desempenho. Uma dieta saudável pode aumentar a sua energia e resistência, reduzir a fadiga, maximizar a sua força, ajudar ao desenvolvimento dos músculos, acelerar a recuperação e melhorar a composição do seu corpo. Esta secção oferece-lhe um guia prático e útil para o ajudar a elaborar a sua dieta (de treino) diária.
Em relação ao planeamento da comida que ingere, é útil estabelecer as regras em três períodos distintos: antes, durante e após o treino.

ANTES DO TREINO

O QUE COMER
O ideal seria fazer uma refeição leve 2 a 4 horas antes do exercício, de acordo com um estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA. Isto permitir-lhe-à exercitar-se por mais tempo e ter um melhor desempenho. Fazer uma refeição de absorção lenta ou baixa em IG (Índice Glicémico) irá aumentar gradualmente os níveis de açúcar no sangue, irá ajudar a poupar o glicogénio dos músculos e a evitar problemas de baixos níveis de açúcar no sangue durante longas sessões de treino, de acordo com estudos da Universidade de Sidney, na Austrália. Ingerir proteínas ou gorduras com alto IG de carbohidratos irá baixar o seu IG. Por exemplo, uma fatia de pão com manteiga ou queijo tem um IG mais baixo do que o pão por si só.
  1.  Sanduíche/baguete/rolo de galinha, peixe, queijo, ovos ou manteiga de amendoim
  2. Batatas recheadas com feijão, queijo, atum, salada ou galinha
  3. Massa com molho de tomate e queijo
  4. Arroz ou outros cereais com galinha ou peixe e vegetais
  5. Papas de aveia com leite
  6. Cereais integrais (por exemplo, de trigo ou farelo, muesli ou Weetabix) com leite ou iogurte.
 SNACKS PARAINGERIR ANTES DO Exercício  (1 A 2 HORAS ANTES)
  1.  Fruta fresca
  2. Passas de alperce ou sultanas
  3. Batido de fruta (feito em casa ou comprado)
  4. Iogurte
  5. Batido (feitoem casaou um substituto de refeição de compra)
  6. Barras de cereais/energéticas/de pequeno-almoço (sem gorduras hidrogenadas)
  7. Pão com futa ta ou passas
O QUE BEBER
O melhor modo de verificar a hidratação do seu corpo é verificar a urina. Se a urina for escura ede cor dourada, é um sinal seguro de que os seus níveis de líquido estão baixos. Beba muita água e procure obter uma urina clara e de cor amarela. Beba antes de ter sede. Quando o seu indicador de sede dispara,já terá perdido 2 por cento do seu peso em água. Beba pelo menos dois copos de água (400 a 600mI) 2 a 3 horas antes de fazer exercício.
Esta é a quantidade recomendada pela Faculdade Americana de Medicina do Desporto. Assegure-se também que leva uma garrafa de água consigo, onde quer que vá. Beba um copo de água ao acordar e programe pausas para beber ao longo do dia. Tente beber pelo menos oito copos (11/2_ 2lt) por dia, aumentando esta quantidade durante o tempo quente ou em dias de exercício.
 DURANTE O TREINO
O QUE COMER
Para a maioria das atividades que duram menos de uma hora, basta beber água. Mas se está a planear fazer exercício por mais de uma hora, consumir 30 a 60 g de carbohidratos por hora pode ajudá-lo a aguentar mais tempo. Os carbohidratos ajudam a manter os níveis de açúcar no organismo e dão energia aos músculos, particularmente nas últimas fases d? exercício, quando as reservas de glicogénio estarão mais baixas.
200px-BananaComa pouco e várias vezes: o objectivo é manter um abastecimento regular de carbohidratos na corrente sanguínea. Procure consumir 15 a 30g a cada 30 minutos. Escolha carbohidratos de rápida absorção com um IG alto ou moderado, uma vez que é necessário que os carbohidratos entrem na circulação rapidamente. As bebidas que contêm açúcar, glucose e malto dextrina (polímeros de glucose) são aconselháveis, mas as comidas sólidas funcionam igualmente bem, de acordo com um estudo da Universidade de Cornell, nos EUA.

ALIMENTOS PARAINGERIR DURANTE O EXERCícIO (PARATREINOS COM DURAÇÃO SUPERIOR A 60 MINUTOS)
Nota: Ingerir estes alimentos com bastante água.
  1. Barras energéticas, de cereais ou de pequeno-almoço
  2. Géis energéticos
  3. Fruta seca: passas, sultanas, alperces ou tâmaras
  4. Bananas
  5. Biscoitos:bolachas com doce de fruta ou digestivas
  6. Chocolate
  7. Bolos ou pão com pedaços de fruta
O tamanho das barras, géis e biscoitos pode variar. Verifique o conteúdo de carbohidratós na etiqueta, de forma a calcular a quantidade de que necessitará para obter 30 a 60g por hora.

QUE BEBER

Perder o equivalente a 2 por cento do peso do seu corpo em suor (uns meros 1,3 kg se pesar 65 kg) resulta numa quebra de 10 a 20 por cento no seu desempenho (isto é, capacidade aeróbica). A Faculdade Americana de Medicina Desportiva e a Associação Americana de Dietética recomendam que se beba de 150 a 350ml a cada 15-20 minutos, ou de acordo com a sua sede. Se apenas conseguir beber pequenas quantidades de cada vez, assegure-se de que o faz regularmente, por exemplo, a cada dez minutos. Deve começar a beber numa fase inicial do exercício, uma vez que os líquidos demoram cerca de 30 minutos a serem absorvidos para a circulação sanguínea. Não espere até sentir muita sede, uma vez que isto indica que está a entrar num estado de desidratação!

1422_MSe pretende perder gordura corporal, beba água mineral durante o exercício. As bebidas desportivas acrescentam calorias extra e, nalguns casos, poderão conter mais calorias do que as que estará a queimar! Exercícios com menos de uma hora de duração Para a maioria das actividades, só precisa de água. É absorvida d forma relativamente rápida, por isso é óptima para manter o s u corpo hidratado. E barata, abundante e acessível. Se não gostar do sabor, pode acrescentar um pouco de cordial, sumo ou concentrado de fruta. É claro que estes últimos acrescentam mais açúcar (carbohidratos) mas, desde que esteja bem diluído, não irá prejudicar o seu desempenho.
Exercícios com mais de uma hora de duração Bebidas energéticas, bebidas desportivas, sumo diluído ou concentrados de sumo de fruta são normalmente uma escolha mais acertada do que a água mineral, caso faça exercício físico prolongado, durante mais de 60 minutos. Os açúcares contidos nestas bebidas não só fornecem combustível para os músculos, como também aceleram a absorção da água pelo organismo. Procure consumir entre 30 a 60g de carbohidratos por hora; o equivalente a 500mljllt de uma bebida desportiva isotónica (que contenha 6g de açúcar por cada 100ml) ou sumo de fruta diluído com água numa proporção de 50/50.
DEPOIS DO TREINO O QUE COMER: Surpreendentemente, é depois do exercício (e não durante) que o seu corpo fica mais forte e mais em forma. Como tal, aquilo que come após o exercício e a quantidade em que o come é muito importante. Os carbohidratos ajudam os músculos a  para o próximo treino. É igualmente convertido em glicogénio durante as duas horas seguintes, a um ritmo uma vez e meia mais rápido do que o normal.

SNACKSPARAINGERIRAPÓS O EXERCÍCIO

 (Devemser consumidos até 2 horas depois do exercício)
  1. Duas peças de fruta fresca com um copo de leite
  2. 1 ou 2 iogurtes
  3. Um batido de fruta (com fruta fresca passada)
  4. Um batido caseiro com leite
  5. Uma bebida de iogurte
  6. Leite com sabores
  7. Uma barra energética
  8. Uma sanduíche com atum ou queijo creme
  9. Um punhado de fruta seca ou nozes
  10. Bolos de arroz com doce ou queijo creme
  11. Um substituto de refeição em forma de batido (com proteínas// carbohidratos). 

REFEIÇÕES APÓS O EXERCÍCIO

 Massa com molho de tomate, peixe grelhado e salada
  1. Batatas recheadas, peito de frango cozinhado em papelote,
  2. brócolos e cenouras
  3. Feijão e vegetais cozidos com pão integral
  4. Pão pitta, falafel e salada
  5. Arroz com peru grelhado e vegetais cozidos ao vapor
  6. Lasanha ou lasanha de vegetais com salada
  7. Quiche de peixe com couve ou couve-flor
  8. Chili ou chili vegetariano com arroz e um vegetal verde
  9. Dahl (lentilhas) com arroz e vegetais

 O QUE BEBER

Batidos-del-método-DukanPrecisa de repor os líquidos que perdeu durante o exercício, assim que possível. Se não o fizer, pode ficar fraco ou sentir dor de cabeça. Em regra geral, precisa de beber 750ml de água por cada 1/2kgde peso corporal perdido durante o exercício físico. Beber Intemente, em vez de beber tudo de uma assentada, irá fazer com que se hidrate de forma mais eficaz. Água, sumos diluídos e bebidas desportivas são bons repositores de líquidos. A não ser que tenha suado de forma intensa, a perda de electrólitos (sais minerais) é menos grave do que a perda de água. Os alimentos que ingerir na refeição seguinte irão repor facilmente os electrólitos perdidos. Masse fez exercício intenso durante mais de uma hora e perdeu muitos líquidos através da transpiração, poderá precisar de substituir esses electrólitos imediatamente, com uma bebida desportiva. O sódio presente nas bebidas desportivas ajuda o seu corpo a reter melhor os líquidos.


Conheça quem são os actores no seu organismo?

Como atleta a sua dieta é importante para promover os picos de forma, possibilitar a recuperação do exercício e a preparação da próxima sessão, mas também para manter uma boa saúde.
Uma hidratação e nutrição adequadas podem possibilitar o sucesso de um treino ou de uma competição, no entanto afectam o organismo de uma forma mais intrínseca e por vezes menos conhecida, estes interferem na forma como o atleta se sente, trabalha e pensa. 
Assim deve incluir os seguintes nutrientes essenciais diariamente por meio de uma boa escolha dos alimentos. Os hidratos de carbono, a proteína, a gordura, as vitaminas e os sais minerais. São estes nutrientes que são absorvidos e que exercem funções no organismo. Assim podemos ver os alimentos como misturas naturais de nutrientes, feitos como a mãe natureza programou, fique atento a quem actua no seu organismo.

Hidratos de carbono Os hidratos de carbono devem fornecer pelo menos 60% das calorias ingeridas diariamente, e sem qualquer dúvida esta é a melhor fonte de energia para atletas, para curta e longa distância. O organismo retira energia de forma mais eficaz dos hidratos de carbono do que das proteínas ou gorduras. 
Fontes de hidratos de carbono: esparguete integral, arroz cozido, batatas, frutas, vegetais com amido, leguminosas. No momento imediatamente antes e após o exercício deve escolher alimentos não integrais ou seja com cereais refinados e seus derivados. 
Proteínas A proteína é um nutriente utilizado para produzir alguma energia e para reparar o tecido muscular danificado durante o treino. Devem fornecer cerca de 15-20% das calorias ingeridas diariamente por meio de proteínas animais e vegetais. Esta faz manter a sensação de saciedade durante mais tempo, o que leva a ter de ser evitada nas refeições prévias ao esforço para que não sinta desconforto. 
Fontes de proteína: tente obter as de baixo teor de gordura e colesterol como carnes magras, peixe, lácteos magros, grãos de cereal integrais e leguminosas. 
Gordura  Uma alimentação ideal em que cerca de 20-25% das calorias provêm da gordura, torna quase obrigatória uma alimentação caseira isenta de produtos alimentares industrializados ou pré-confeccionados. A ingestão de gordura deve ser de qualidade suficiente para fornecer os ácidos gordos essenciais e vitaminas lipossolúveis (solúveis em gordura). Procure alimentos com baixo teor de gordura saturada e de colesterol, pois a gordura não é toda igual.  
Como nozes, avelãs, peixe de água fria, sementes trituradas ou os respectivos óleos e abacate são boas fontes de gordura essencial e vitaminas lipossolúveis. No momento imediatamente antes e após o exercício este nutriente deve ser evitado evitando as suas fontes alimentares.

Vitaminas Os atletas não retiram energia das vitaminas, ainda assim são uma parte importante da sua alimentação para possibilitarem a produção de energia a partir dos outros nutrientes. Não será suficiente incluir bons hidratos de carbono boa proteína e boa gordura, se não tiver uma alimentação rica em frutas e legumes coloridos para incluir boas vitaminas e sais minerais. As necessidades para uma alimentação saudável são de 3-5 porções de legumes e de 3-5 porções de fruta diariamente, mas variadas.
A prática de exercício faz produzir mais compostos chamados de radicais livres que podem danificar as células. A vitamina C, E e A têm acção antioxidantes ou seja neutralizam o efeito dos radicais livres protegendo as células. É preferível obter estas vitaminas de alimentos variados do que por meio de suplementação para que o seu efeito não esteja em dúvida. 
Procure colocar os bons actores no seu organismo diariamente. Só depois qualquer suplementação poderá ter o seu devido efeito.
Existem outros actores no seu organismo como os minerais e electrólitos que serão abordados oportunamente noutro artigo.
Nutricionista
Bárbara Cancela de Abreu

Os melhores alimentos para runners

Os princípios básicos de uma alimentação saudável prendem-se com a qualidade, quantidade e variedade dos alimentos.
Já ouvimos dezenas de vezes expressões como: «somos o que comemos», «faz do alimento o teu medicamento», ..e todas elas têm a sua fundamentação e se agora pudermos usar a alimentação e principalmente alguns alimentos a nosso favor e aumentarmos a nossa performance na corrida? Parece bem?
Estejam atentos porque vem aí uma lista de alimentos OBRIGATÓRIOS na nossa dispensa.
E acho que vão ficar surpreendidos com o poder de alguns destes alimentos, que não costumamos ter na nossa dispensa e até achamos que não são assim tão benéficos à nossa saúde.
1º BATATA DOCE
Durante muito tempo foi desprezada e era alimento para animais (tal como a aveia), no entanto este tubérculo é uma excelente fonte de hidratos de carbono com um índice glicémico menor que a batata convencional e com maior disponibilidade que a massa ou arroz. Se o teu treino é ao fim da tarde come 200-300 g de batata doce ao jantar para maximizar a reposição de glicogénio muscular.


2º PASSAS, SULTANAS E ALPERCES SECOS

São fontes de energia portáteis que pode levar no bolso do casaco e ir usando ao longo de uma prova ou treino mais longo para manter os níveis de açúcar estáveis ou podes usá-las para enriquecer o seu pequeno-almoço. As sultanas são boas fontes de magnésio, 2 a 4 colheres de sopa por dia, poderão evitar as tão indesejadas cãibras.

3º FRUTA E VEGETAIS
Dão cor, sabor e são muito nutritivos. A fruta tem hidratos de carbono de fácil absorção (depende da fruta) pelo que deve ser moderada a sua ingestão, 2 a 4 peças de fruta serão suficientes. Deve-se variar tanto quanto possível para ir buscar o máximo de nutrientes, antioxidantes e fibra, desde as maças e peras aos citrinos às bananas e aos frutos vermelhos. Relativamente aos vegetais inclua-os sempre em todas as principais refeições, cozidos ao em saladas eles fornecem-nos uma imensidão e diversidade de vitaminas e minerais. Devemos lembrar também das sopas que tem uma grande variedade de legumes e antes do almoço e jantar saciam a fome e enriquecem a nossa dieta.
4º MASSA
Uma importante fonte de hidrato de carbono de fácil digestibilidade que ajuda a maximizar as reservas de glicogénio muscular. Existem imensas variedades para todos os gostos, desde esparguete, macarrão, espirais, rolinhos, cotovelos etc, deve-se também optar por variedades integrais que nos fornecem mais fibra e mais nutrientes. Por exemplo 200g de massa cozida fornecem 60 g de hidratos de carbono e em média um atleta necessita de 6/10 g /kg de peso diariamente.

5º NOZES
Este poderoso fruto seco tem imenso para nos dar, desde a sua forma (já reparou na sua forma de cérebro?) é uma excelente fonte de ácidos gordos polinsaturados, da família dos ómega 3 como o salmão, que ajuda a manter as células nervosas saudáveis. Fornece também vitamina E e muitos minerais importantes para a condução do impulso nervoso, tais como potássio, magnésio e fósforo. São um excelente snack entre refeições já que são saciantes e são mais saudáveis que os aperitivos de pacote que estão carregados de sal e gordura. Tenta ingeri-las vinda do seu meio natural (noz com casca) já que por vezes as que são compradas sem casca podem oxidar e perdem parte dos seus efeitos. 3-5 nozes por dia serão suficientes.
6º IOGURTE
É uma boa fonte de cálcio de melhor digestibilidade que o leite e tolerado até por alguns intolerantes à lactose. Melhora a nossa flora bacteriana intestinal e é uma importante barreira do sistema imunitário. Também por ser ácido o seu cálcio é mais facilmente absorvido. Iogurtes naturais são a melhor opção já que não têm açúcar adicionado, nem demasiada gordura e pode fazer o seu próprio iogurte colocando por exemplo frutos secos, sultanas, ou fruta fresca, ou até adoça-lo com mel ou canela, fica mais apetitoso e saudável. Deve ingerir 1 iogurte por dia.
7º MEL 
Este «creme» oferecida pela natureza fornece-nos uma fonte de hidratos de carbono de elevada disponibilidade e que fornece também vitaminas e minerais. Tem uma ação anti-inflamatória e estimula a função imunitária. É o melhor adoçante para colocar em café, chá, ou mesmo bolos, iogurtes etc. Uma a 2 colheres de chá por dia serão suficientes.


 8º CHOCOLATE + 70% CACAU 
O chocolate vulgar do supermercado não entra neste Top, já que esse tem muito mais açúcar que cacau e não nos fornece os mesmo nutrientes que este. É excelente saber que podemos comer chocolate e que este nos é benéfico, mas temos que saber escolhe-lo. Tem que ter pelo menos 70% cacau e devemos comer no máximo 2 quadrados diariamente. São uma excelente fonte nutrientes e antioxidantes. Pode ingeri-lo antes de um treino, já que é de fácil digestibilidade ou após um lanche, por exemplo.

 9º OVO 
Já não é considerado o «super inimigo» por causa do colesterol, já que o nosso corpo não absorve aquela quantidade do mesmo, mas pelo contrário um superalimento, vejamos: a nossa melhor fonte de proteína que fornece fosfolípidos essenciais à manutenção dos tecidos nervosos e vitaminas e minerais importantes no metabolismo e na saúde. O único cuidado que devemos ter é o seu modo de confeção, deve-se optar por cozido, escalfado ou mexido na frigideira anti-aderente com um fio de azeite. Se mesmo assim preferir frito ou estrelado deve-se ter atenção à temperatura da fritura que estraga algum do seu valor nutricional. Pelo menos um ovo por dia é tolerado, apesar de ainda existir controvérsia relativamente à quantidade diária.

10º SALMÃO
Um dos peixes nutricionalmente mais ricos. Fornece proteína de elevado valor biológico (21 g de proteína por 100g de salmão) e ácidos gordos ómega 3, potentes anti-inflamatórios naturais. Deve-se consumir peixe gordo pelo menos 2-3 vezes por semana, tais como salmão, sardinha, cavala ou atum. 
Sport life- Especial corrida 2011
Raquel Madeira

 

Recomendações nutricionais para atletas

Actualmente o modelo de beleza imposto pela sociedade corresponde a um corpo magro, bem definido e com pouca gordura corporal, o que acarreta um número cada vez maior de pessoas, principalmente mulheres, que se submetem a dietas para controlo do peso corporal, ao excesso de exercícios físicos e ao uso indiscriminado de laxantes, diuréticos e até mesmo drogas anorexígenas.
Em atletas há uma estreita relação entre a imagem corporal e o desempenho físico, o que faz com que atletas, principalmente mulheres jovens, se tornem um grupo vulnerável à instalação desses transtornos, tendo em vista a ênfase dada ao controle de peso. A complicação mais comum relatada é a “tríade da mulher atleta”, a qual envolve três processos: o distúrbio alimentar (anorexia, bulimia), a amenorréia (falta da menstruação em mulheres acima de 16 anos) e a osteoporose (diminuição da quantidade de massa óssea e mudança na microarquitetura do osso).
Estudos recentes citam a influência exercida pelos treinadores, patrocinadores e até mesmo pelos próprios familiares, por meio de comentários relacionados ao corpo, como um poderoso elemento de instalação de comportamentos alimentares anormais. Sabe-se ainda que a adoção de dietas restritivas em idade precoce, pode causar sérios danos, tanto à saúde quanto ao desempenho atlético. Os desportos que preconizam o baixo peso corporal e supervalorizam a estética, são os mais afetados, como por exemplo: ginástica artística, natação sincronizada, atletismo, balet e outros.
Contudo, estudos científicos demonstram que a performance e a saúde de atletas, bem como as mudanças favoráveis da composição corporal e aprimoramento do desempenho desportivo podem ser beneficiadas com a modificação dietética, ou seja, através da adesão a um comportamento alimentar adequado ao seu esforço, em termos de quantidade e variedade de alimentos.
Os carbohidratos devem contribuir com 60 a 70% do total de calorias ingeridas durante o dia; esta percentagem assegura a recuperação do glicogénio muscular, manutenção do peso corporal e a adequada composição corporal, maximizando os resultados do treino e contribuindo para a manutenção da saúde. Para otimizar a reposição do glicogénio recomenda-se que o consumo de carbohidratos esteja entre 5 e 8g/kg de peso/dia, sendo que em atividades de longa duração e/ou treinos intensos a recomendação pode chegar até 10g/kg de peso/dia. Os atletas que participam em provas longas, devem consumir entre 7 e 8g/kg de peso ou 30 a 60g de carbohidrato, para cada hora de exercício. Assim, evitam-se os quadros de hipoglicemia, depleção de glicogénio e de fadiga. Após o exercício, recomenda-se a ingestão de carbohidratos simples entre 0,7 e 1,5g/kg de peso no período de quatro horas, o que é suficiente para a ressíntese plena de glicogénio muscular.
As proteínas devem contribuir com 15 a 20% do total de calorias ingeridas durante o dia. Para atletas de endurance ou resistência, as proteínas têm o papel de auxiliar no fornecimento de energia para a atividade, calculando-se ser de 1,2 a 1,6g/kg de peso a necessidade diária. Para os atletas de força, a proteína tem papel importante no fornecimento de “matéria-prima” para a síntese de tecido, sendo de 1,4 a 1,8g/kg de peso das necessidades diárias.
E os lípidos devem completar o valor calórico diário, sem ultrapassar os 30% das calorias totais diárias, para a prevenção de doenças cardiovasculares. Sempre respeitando as proporções de ácidos gordos essenciais, que são: 10% ácidos gordos saturados, 10% de polinsaturados e 10% de monoinsaturados.
Os micronutrientes desempenham um papel importante na produção de energia, síntese de hemoglobina, manutenção da saúde óssea, função imunológica e a proteção dos tecidos corporais em relação aos danos oxidativos. São necessários na construção e manutenção dos tecidos musculares após os exercícios. Os treinos podem aumentar ou alterar a necessidade de vitaminas e minerais, uma vez que a produção de radicais livres é acentuada nos exercícios físicos. O stress dos exercícios pode resultar numa adaptação bioquímica muscular que aumenta as necessidades nutricionais, com maior utilização e/ou perda de micronutrientes.
Em relação aos horários da alimentação dos atletas, a refeição pré-treino deve conter alimentos de alta digestibilidade, principalmente carbohidratos, evitando lípídos e proteínas, que permanecem por um maior período no sistema digestório e podem ocasionar desconforto gástrico e/ou intestinal e até mesmo mal-estar, vómito e diarreia, principalmente quando consumido no pré-exercício imediato. Entretanto, o consumo destes é tão possível quanto maior for o intervalo entre a ingestão e o início da atividade. Os carbohidratos simples devem ser evitados, uma vez que podem causar hipoglicemia.
Em exercícios prolongados, a ingestão de carbohidratos auxilia na manutenção da glicémia e na preservação do glicogénio muscular; a estratégia mais utilizada durante estes exercícios é o consumo de soluções contendo água, eletrólitos e 5 a 8% de carbohidratos, ingerindo de 150 a 300ml a cada 15 a 20 minutos.
Já após a atividade física, a ingestão de carbohidratos simples é recomendada de imediato, pois estes recuperam as reservas de glicogénio e diminuem o tempo para a recuperação muscular.
A recomendação para atletas ainda inclui a importância de consumir adequadamente líquidos, devido aos riscos para a saúde que a desidratação pode causar. O stress do exercício físico torna-se acentuado pela desidratação com o aumento da temperatura corporal, danos às respostas fisiológicas e ao desempenho físico. Sendo assim uma correta reposição hídrica é indispensável para um praticante de atividade física e/ou atletas.
Em suma, é de extrema importância o acompanhamento com um nutricionista, um profissional qualificado o qual tem condições de avaliar a necessidade de cada atleta podendo, assim, gerar benefícios para sua saúde.
Fonte;Atletismo e Saúde  

Sete grupos de alimentos para uma dieta equilibrada

I. Carne, peixe e ovos fornecem proteínas de alto valor biológico, ferro bio-disponível e vitaminas do complexo B (tiamina, riboflavina, niacina e cobalamina).
II Lacticínios: Fornecem proteína de alto valor biológico, mas ao contrário do grupo I contêm pouco ferro e uma grande quantidade de cálcio e fósforo.
III cereais e seus derivados, tubérculos: Fornecem grandes quantidades de amido, proteínas de baixo valor biológico (mas que se tornam excelentes se combinados com os de plantas leguminosas). Os grãos integrais têm um elevado teor de fibra dietética de magnésio.
IV. Leguminosas: fornecem valor biológico da proteína do meio de amido, vitaminas do grupo B, sais minerais  e fibra dietética. Gorduras e condimentos
V. óleos contêm vitaminas principalmente gordura (ADEK).
VI. Legumes e frutas fontes de vitamina A: trazem abundância de fibras, água, minerais (potássio) e açúcares simples. Entre as vitaminas prevalece os carotenóides (grande antioxidantes) e pró-vitamina A (como cenoura, damasco, caqui, melão, abóbora, etc.). 

VII. Legumes e frutas fontes de vitamina C também trazem muita fibra, água, minerais (potássio) e açúcares simples. Se consumido cru garante grandes quantidades de vitamina C (laranjas, limões, morangos, tomate, brócolos, couve-flor, etc) ..
 

 

Equilíbrio nutricional para uma maratona


A maratona é, sem dúvida, uma das competições desportivas mais exigentes em termos de desgaste muscular, fisiológico e psicológico. Todos sabemos da importância da alimentação dos corredores, e quando o nosso objetivo é conseguir a melhor participação na maratona ou simplesmente terminar uma corrida de longa distância em boas condições, a alimentação pode fazer a diferença no nosso objetivo.
Como parte integrante do programa de treinos NYRR (New York Runners estrada) para a Maratona de Nova York receber, Lauren Antonucci, certificada nutricionista e maratonista, membro da equipa do ING de Nova York Maratona e da rede de nutrição desportiva Gatorade Sports Science Institute, forneceu algumas dicas de nutrição importantes para preparação da prova.
“Não importa quais os seus objetivos para a maratona, o que você come e bebe irá afetar significativamente a sua formação e a sua experiência no dia da corrida”, diz Lauren.
Incentiva todos os atletas a efetuar o registo de alimentos e exercícios por pelo menos cinco dias, tomando nota de todas as refeições e bebidas, exercícios e como você se sente naquele dia.
Depois de analisar o seu registo diário, você pode identificar o que precisa, em relação a comida e bebida no dia anterior a um bom treino.
Embora a necessidade específica de cada maratonista seja dependente da sua altura, peso, idade, sexo e quilometragem semanal, Antonucci recomenda para a maioria dos atletas, consumir o seguinte todos os dias:
• 2-4 Porções de frutas
• 3-5 Porções de legumes
• 2-3 Porções de laticínios com pouca gordura
• 6-12 Porções de hidratos de carbono
• 3-5 Porções de gorduras “boas”
• 3 Porções de proteína magra
• Pelo menos 2-3 litros de água

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