Conselhos de corrida
1 – Qual é a roupa ideal?
A principal preocupação deve ser sempre
usar roupas confortáveis, deixando a moda do momento de lado e levando
em conta as condições ambientais. Hoje temos diversos tipos de tecidos
que auxiliam até na termoregulação do organismo. Camisolas, calções,
meias, roupa interior, bonés, camisolas para o frio, etc., tudo deve ser
escolhido com cuidado. Evite correr com roupas apertadas ou velhas e
escuras, que com certeza irão prejudicar seu treino.
2 – Existe um jeito certo para correr?
É importante respeitar o padrão de
movimento de cada corredor, dando atenção especial à sua postura
natural. O padrão ideal mantém o corpo erecto, cabeça olhando para
frente, braços e antebraços flexionados num ângulo de 90 graus, etc.
Portanto, a individualidade dentro de certos limites deve ser respeitada
e com o decorrer dos treinos, o seu próprio padrão será aprimorado,
melhorando com isto sua eficiência na corrida.
3 – Qual o melhor piso?
Dê preferência à relva e caminhos de
terra batida. Evite calçadas, guias ou estradas de cimento e asfalto,
pois o risco de lesões pode ser maior. No início da sua programação de
treino, evite percursos com muitas subidas e descidas, procure percursos
planos para um melhor aproveitamento de seus treinos.
4 – Como evitar a falta de ar nos primeiros treinos?
Quando iniciamos treinos de corrida, com
certeza já sentimos falta de ar durante o treino. Da mesma forma que um
carro sem gasolina não anda, o nosso corpo depende exclusivamente da
oferta de oxigénio aos músculos para ter a energia necessária para
correr. Quando não temos um condicionamento físico ideal ou passamos de
nosso limite, ficamos com a respiração ofegante, pois os nossos pulmões
não conseguem aproveitar a quantidade de oxigénio oferecida. Portanto,
falta de condição física não tem necessariamente relação directa com
falta de ar.
Mas a sua forma de respirar pode ser
melhorada, principalmente para um melhor relaxamento dos músculos que
participam do acto de correr. Uma forma muito recomendada de respirar
durante a corrida seria inspirar e expirar o ar pela boca e pelo nariz
simultaneamente em um ritmo de acordo com a necessidade e intensidade da
corrida ou caminhada realizada. Quanto mais inconsciente e relaxado
esse processo for, melhor será o seu aproveitamento.
5 – Mesmo quem corre pouco precisa de fazer aquecimento?
Todo o início de qualquer actividade
física requer um pouco de cuidado. Os músculos e articulações ainda não
estão preparados para partir imediatamente do estado de repouso para uma
condição de esforço. Portanto, antes de iniciar seu treino de corrida
aquecer é obrigatório, respeitando as seguintes regras: quanto mais
baixa a temperatura ambiente, maior deverá ser a duração do aquecimento.
Esta duração pode variar de 5 a 30 minutos; quanto mais intenso for o
treino, mais demorado e específico deverá ser o aquecimento; o ritmo de
aquecimento dever ser lento, levando a um aumento gradual da temperatura
corporal, acelerando-o até que se chegue próximo de 60% do ritmo do
treino; após o aquecimento, realize alongamentos rápidos e inicie seu
treino imediatamente.
6 – Qual a principal preocupação quando iniciamos um programa de corrida?
A maioria das pessoas que estão
insatisfeitas com sua actual condição física procura recuperar anos
perdidos, em função da inactividade física, em apenas alguns meses. Esta
busca geralmente frenética pode causar danos ao organismo, trazendo uma
infinidade de consequências como: lesões articulares, musculares e,
principalmente, uma sobrecarga no coração. Portanto, não exagere na
intensidade do treino, mesmo achando que pode puxar um pouco mais.
Respeite o seu corpo e nunca continue um treino tendo algum tipo de dor
durante a corrida.
7 – Qual a importância do descanso na semana de treino?
A chave para obter um condição física
ideal não está na quantidade de treinos que se realiza, mas na
velocidade com que seu organismo recupera de um treino. Quanto mais
rápido é esta recuperação, mais cedo estará pronto para o próximo
treino. Existem diversos factores que influenciam a recuperação, como
idade, tempo de treino, personalidade, temperatura ambiente, alimentação
e principalmente outros factores individuais. Mas mais importantes que
tudo é que cada indivíduo deve se conhecedor das suas reais condições
físicas e mentais e pode avaliar seu tempo ideal de descanso.
8 – É fundamental manter o ritmo durante uma corrida?
Correr sempre no mesmo ritmo com certeza
irá melhorar sua condição física, mas um treino mais elaborado optimiza
e aproveita melhor seu tempo disponível para treinar. Criar ritmos
próprios de corrida auxiliará bastante no desenvolvimento e evolução de
seus treinos, como corridas leves, moderadas, moderada forte e forte.
Esta noção pessoal do esforço é muito importante e um relógio com
cronómetro ajuda bastante a realizar os ritmos de corrida nas
respectivas intensidades.
9 – Como deve ser meu procedimento com alongamento?
Fique atento aos exercícios
de alongamentos. Eles não aquecem a musculatura, apenas alongam as
fibras. Portanto, não é recomendado realizar exercícios de alongamento
sem ter feito um aquecimento prévio, pois o músculo não estará
devidamente lubrificado e aquecido para que possa ser alongado. Dê uma
atenção especial para o alongamento sempre após os treinos de corrida,
utilizando o método de alongamento estático. Nele, movemos o membro
lentamente, mantendo-o um pouco acima da amplitude habitual. A duração
pode variar de 10 a 60 segundos e as repetições de 1 a 5 vezes. É
importante destacar a especificidade dos exercícios, ou seja, devem
estar relacionados com o tipo de modalidade desportiva a ser
desenvolvida. Os alongamentos não previnem, mas diminui em a gravidade
das lesões.
10 – Correr pela manhã faz mal?
Se você não repousou bem durante a
noite, o seu rendimento não será o ideal e estará forçando
desnecessariamente o seu corpo. Mas se não for esse o caso, de manhã é o
melhor horário para se treinar, já que você não está desgastado depois
de um dia inteiro de trabalho. Agora, quem não faz os exames clínicos
necessários e sai por aí correndo, pode ser vítima de um colapso a
qualquer hora do dia. O que contribui para isso são os excessos e a
falta de uma avaliação médica mais cuidada.
Fonte: Atletas Net
Musculação, complemento da corrida
Para que a musculação seja benéfica, é preciso saber direcionar o trabalho de acordo com um treino e necessidades do corredor.
A musculação pode ser muito
benéfica como complemento ao treino de corrida, contribuindo para o
fortalecimento dos músculos e articulações, o que não só ajudará a
prevenir possíveis lesões como também melhorará o desempenho do atleta. Para obter esses benefícios, porém, é preciso saber orientar esse trabalho mediante as pretenções e necessidades do atleta.
A musculação, como
complemento, deve focar principalmente os grupos musculares mais
utilizados na corrida, que são os que compõem os membros inferiores
(pernas) e a região do core (formada pelo abdómen, lombar e quadril). A
região do core também é muito importante, pois ela é responsável por
manter a postura do atleta durante a corrida. O treino não deve deixar
de contemplar os membros superiores, como os braços e os ombros, pois
eles atuam como coadjuvantes no movimento desportivo, auxiliando no
deslocamento do corredor.
Outro ponto importante é definir o
trabalho de musculação de acordo com o período do treino em que o
corredor se encontra: base, fortalecimento ou velocidade.
Na base da preparação, cujo
foco é o aumento da capacidade aeróbica do corredor, deve-se fazer um
fortalecimento geral, exercitando todos os grupos musculares. Nesse
período, o trabalho compreende um meio termo entre força e resistência,
com séries de 10 a 12 repetições. Já a carga deve ser definida conforme o
condicionamento do atleta, assim como o intervalo de descanso entre as
séries, que pode variar de 30 a 60 segundos.
Na fase de fortalecimento, que
visa desenvolver a força dos principais grupos musculares envolvidos na
corrida, o número de repetições deve ser reduzido a oito por série e a
carga aumentada conforme o nível do corredor. Nessa etapa, a maior
concentração deve ser nos principais grupos musculares. Porém, também é
importante analisar o equilíbrio muscular do atleta e procurar exercitar
aqueles que necessitarem fortalecimento.
No período de velocidade, no
qual o objetivo é fazer com que o organismo do atleta encontre maior
tolerância ao esforço exigido na corrida, é necessário fazer um trabalho
de resistência muscular. Nesse caso, é fundamental executar séries mais
longas, de 15 a 20 repetições, com uma carga menor comparada à fase de
fortalecimento, mas superior à da base.
O ideal é que o trabalho de musculação
seja feito de duas a três vezes por semana. No caso de corredores
iniciantes, o indicado é intercalar os dias de musculação com os treinos
de corrida para não sobrecarregar. Já os atletas mais avançados podem
fazer o complemento no mesmo dia cujo treino for menos intenso. É
importante que o trabalho seja direcionado e acompanhado por um
profissional para que o atleta não exagere na musculação, pois o excesso
de massa pode prejudicar o desempenho na corrida.
Roda Livre
Ritmos de Corrida
Para corredores de competição que
conseguem encontrar os seus tempos de corrida, o treino deve incidir em
maximizar a força e a velocidade para o dia da grande corrida, para tal,
como é obvio, é necessária uma planificação cuidadosa.
Tal como precisa ter a noção de que tipo de trabalho necessita’ e como distribuí-lo
apropriadamente durante a semana, precisa também de ter em mente que, para uma boa performance no dia da competição tem de a planear de acordo com a altura do ano em que o seu ciclo de treino está inserido. Para o corredor não competitivo também, de acordo com os altos e baixos dos seus ritmos de corrida, pode prevenir-se de estagnar o seu andamento mantendo-se esperto para alterações de ritmo.
Preparando as suas corridas cuidadosamente e com alguns meses de prearação, pode conseguir uma boa perfonnance sem grandes dificuldades, a ideia é dividir a sua época de corrida em seis fases, cada fase tem o seu propósito e é colocada no planeamento de acordo com o trabalho de resistência e de velocidade que são também trabalhadas na medida certa.
apropriadamente durante a semana, precisa também de ter em mente que, para uma boa performance no dia da competição tem de a planear de acordo com a altura do ano em que o seu ciclo de treino está inserido. Para o corredor não competitivo também, de acordo com os altos e baixos dos seus ritmos de corrida, pode prevenir-se de estagnar o seu andamento mantendo-se esperto para alterações de ritmo.
Preparando as suas corridas cuidadosamente e com alguns meses de prearação, pode conseguir uma boa perfonnance sem grandes dificuldades, a ideia é dividir a sua época de corrida em seis fases, cada fase tem o seu propósito e é colocada no planeamento de acordo com o trabalho de resistência e de velocidade que são também trabalhadas na medida certa.
Escolhendo bem as suas competições e
treinando para elas com um planeamento cuidadoso, pode atingir o seu
potencial máximo. Uma participação competitiva antes do tempo pode
deixá-lo de rastos. No entanto, deve lembrar-se sempre que o treino
cíclico é destinado a corredores que têm como principal
objectivo melhorar performances. Por outro lado, se for um corredor a
quem a performance nada diz e preferir participar em muitas corridas,
não deixem que o cronómetro interfira no prazer de correr mas se gostar
de correr todos os fins de semana, não deixe de tirar um mês ou dois por
ano para descansar.
Se continuar a pretender atingir o seu
potencial máximo, vai ter de aguentar todo o seu entusiasmo e correr
as corridas depois de uma preparação específica feita através de várias
fases de trabalho cíclico. A extensão dos ciclos de treino dependem dos
seus objectivos, corredores principiantes e corredores de distâncias
curtas (milha, cinco e 10 quilómetros) devem considerar ciclos de 2 a 4
meses. Para corredores experientes que querem correr durante mais tempo
no pico máximo da sua forma (4 a 8 semanas) ou para aqueles que querem
fazer uma preparação específica só para uma prova de 10 quilómetros ou
maratona, ciclos de treino mais longos com a duração de 4 a 6 meses é a
mais apropriada.
Por mais longo que seja o seu ciclo de treino, deve consistir nas seguintes seis fases:
Ciclo curto | Ciclo longo | |
Endurance | 3-6 semanas | 6-12 semanas |
Força | 2-4 semanas | 4-6 semanas |
Velocidade | 1-3 semanas | 3-4 semanas |
Ciclo pré-competitivo | 1 semana | 2-3 semanas |
Ciclo competitivo | 3-4 semanas | 4-8 semanas |
Recuperação | 3-4 semanas | 4-8 semanas |
Corrida contínua
A corrida continua é a fase decisiva para o sucesso nas longas distâncias. Esta é a mais longa das fases e a mais importante do ciclo de treino. Durante esta fase, o coração, os pulmões e a mente são submetidos a longos períodos de corrida, o objectivo nesta fase é manter o corpo activo o mais tempo possível, não rápido, pois está a armazenar quilómetros construindo a sua preparação para colocar o seu limite de resistência mais alto.
A corrida continua é a fase decisiva para o sucesso nas longas distâncias. Esta é a mais longa das fases e a mais importante do ciclo de treino. Durante esta fase, o coração, os pulmões e a mente são submetidos a longos períodos de corrida, o objectivo nesta fase é manter o corpo activo o mais tempo possível, não rápido, pois está a armazenar quilómetros construindo a sua preparação para colocar o seu limite de resistência mais alto.
O seu ritmo de corrida deve
rondar os 50% do que pretende construir nesta fase. Se pretende fazer
80 quilómetros por semana durante o treino, deve fazer cerca de 40
quilómetros por semana no inicio. Esta fase consiste exclusivamente em
treino aeróbico fácil, corrida longa e lenta. Corra mais lento cerca de 1
minuto por quilometro em relação ao seu ritmo de 10 quilómetros.
Gradualmente, aumente a duração da das
suas corridas continuas, evite as competições e trabalho intenso de
velocidade, pois quanto mais forte for a sua preparação ao nível da
resistência, mais recursos terá durante o resto da época. Se está a
seguir um ciclo de treino pequeno, esta fase deve durar de 3 a
6 semanas, nos longos ciclos de treino deve durar 6 a 12 semanas.
Treino de força
Agora que está preparado ao nível da resistência, chegou a altura de começar a correr mais rápido e mais forte, a fase da força dá-se quando começa a transição para o trabalho de velocidade, para tal deve fazer trabalho como colinas e “fartlekes”. Pode adicionar treino de pesos para construir uma mais consistente fase.
Agora que está preparado ao nível da resistência, chegou a altura de começar a correr mais rápido e mais forte, a fase da força dá-se quando começa a transição para o trabalho de velocidade, para tal deve fazer trabalho como colinas e “fartlekes”. Pode adicionar treino de pesos para construir uma mais consistente fase.
Nesta fase já deve começar a
competir, duas corridas durante toda a fase, mas não o faça cansado. Em
ciclos de treino curtos, esta fase dura duas a quatro semanas, em ciclos
de treino longos, deve durar entre quatro e seis semanas.
Trabalho de velocidade
Esta fase é desnecessária para corredores que iniciaram actividade recentemente, para estes, recomenda-se que passem para a fase pré-competitiva. Para os outros, é aqui que consegue o seu pico de forma, a sua quilometragem vai diminuir, corridas em qualidade vão ser mais importantes do que as corridas em quantidade, os exercícios de força são substituídos por trabalho de pista para completar o trabalho
de corrida continua e de velocidade.
Esta fase é desnecessária para corredores que iniciaram actividade recentemente, para estes, recomenda-se que passem para a fase pré-competitiva. Para os outros, é aqui que consegue o seu pico de forma, a sua quilometragem vai diminuir, corridas em qualidade vão ser mais importantes do que as corridas em quantidade, os exercícios de força são substituídos por trabalho de pista para completar o trabalho
de corrida continua e de velocidade.
Corredores experientes deverão fazer
cerca de três treinos de velocidade por semana. Como na fase anterior
entrará em poucas corridas, mas fá-Ias-á mais rápido com o passar desta
fase. Pode até correr num ritmo mais rápido, tem é de ter o cuidado de
se recuperar entre os esforços. Esta fase dura de uma a três semanas no
ciclo de treino mais curto e três a quatro no ciclo de treino longo.
Fase pré-competitiva
Para conseguir um melhor desempenho nas competições, o atleta tem de descansar o suficiente e estar preparado, é a isto que o ciclo pré-competitivo se resume. O descanso que o atleta necessita varia com a distância que este corre e com o nível que tem. Quanto mais longa for a prova ou quanto menos experiência tiver, mais descanso deve ter (mas lembrese que demasiado descanso levá-lo-á a perder a sua forma, tente encontrar o meio termo).
Para conseguir um melhor desempenho nas competições, o atleta tem de descansar o suficiente e estar preparado, é a isto que o ciclo pré-competitivo se resume. O descanso que o atleta necessita varia com a distância que este corre e com o nível que tem. Quanto mais longa for a prova ou quanto menos experiência tiver, mais descanso deve ter (mas lembrese que demasiado descanso levá-lo-á a perder a sua forma, tente encontrar o meio termo).
Normalmente, o ciclo pré-competitivo
dura duas ou três semanas, no entanto não deve parar de correr por
completo, mas diminua os quilómetros no seu treino, faça uma corrida
curta no dia antes da corrida para se soltar.
Fase competitiva
Chegou o dia em que finalmente vai saber o que vale na sua disciplina e o que o trabalho árduo fez por si. Está no seu pico de forma e preparado para correr. Corte na quilometragem e guarde as energias para o dia da corrida, mantenha-se “aceso” fazendo alguns treinos de corrida rápida, assim pode manter a forma durante 3-4 semanas se seguiu o ciclo de treino curto.
Chegou o dia em que finalmente vai saber o que vale na sua disciplina e o que o trabalho árduo fez por si. Está no seu pico de forma e preparado para correr. Corte na quilometragem e guarde as energias para o dia da corrida, mantenha-se “aceso” fazendo alguns treinos de corrida rápida, assim pode manter a forma durante 3-4 semanas se seguiu o ciclo de treino curto.
Recuperação
Com o culminar de algumas semanas de competição, chega o período de um necessário descanso. Esta é considerada pelos corredores a fase mais difícil do ciclo de treino, pois é quase impossível parar e deixar de correr, mesmo que durante um curto espaço de tempo.
Com o culminar de algumas semanas de competição, chega o período de um necessário descanso. Esta é considerada pelos corredores a fase mais difícil do ciclo de treino, pois é quase impossível parar e deixar de correr, mesmo que durante um curto espaço de tempo.
Lembre-se que é durante este tempo que
os seus músculos e tendões se curam e restabelecem os benefícios para a
próxima época são assinaláveis. Não salte esta fase, ela é necessária,
relaxe e descanse.
Não precisa parar completamente, mas limite-se a uma corrida fácil ou também treino fácil, sem forçar andamentos. Não se esqueça que quando esta fase terminar, vai voltar ao início e reestruturar todo o plano de corrida de novo, para estar preparado para a primeira fase de treino, necessita de estar recuperado do ciclo anterior. Para estar preparado para a primeira fase do ciclo seguinte, não deixe que a sua quilometragem seja superior a 50% da que pretende fazer nessa fase de treino. Os corredores deviam descansar pelo menos três a quatro semanas no ciclo curto e
quatro a oito semanas no ciclo longo.
Com a sua fase de recuperação terminada, está preparado para iniciar outro ciclo, construindo-o com o trabalho das épocas anteriores conseguindo ainda melhores tempos do que antes.
Não precisa parar completamente, mas limite-se a uma corrida fácil ou também treino fácil, sem forçar andamentos. Não se esqueça que quando esta fase terminar, vai voltar ao início e reestruturar todo o plano de corrida de novo, para estar preparado para a primeira fase de treino, necessita de estar recuperado do ciclo anterior. Para estar preparado para a primeira fase do ciclo seguinte, não deixe que a sua quilometragem seja superior a 50% da que pretende fazer nessa fase de treino. Os corredores deviam descansar pelo menos três a quatro semanas no ciclo curto e
quatro a oito semanas no ciclo longo.
Com a sua fase de recuperação terminada, está preparado para iniciar outro ciclo, construindo-o com o trabalho das épocas anteriores conseguindo ainda melhores tempos do que antes.
Fonte: R Atletismo
Como correr de forma mais eficaz, mais económica e com menos lesões?
Nunca como agora se viu tanta gente a optar pela corrida na hora de escolher o tipo de exercício físico a praticar.
Felizmente, a moda da
corrida parece ter vindo para ficar e com este crescente número de
atletas a praticá-la e consequente aumento do nº de horas de treino e
provas, aumenta também a necessidade de ajudarmos os novos e velhos
atletas (com menos ou mais experiência) a terem consciência de que,
embora a corrida traga inúmeros benefícios ao nosso bem-estar físico e
mental, se não se tiver o devido cuidado, algumas lesões poderão
aparecer.
Estas lesões, dependo
da sua gravidade, poderão ser mais ou menos incapacitantes e muitas das
vezes podem-nos obrigar a abrandar o ritmo de treino ou até mesmo a
pará-lo. As consequências que daí advêm poderão ser, simplesmente não
conseguir ter o prazer de uma boa corrida, ter uma má performance ou até
incapacidade de comparecer na linha de partida de uma prova.
Assim, nesta minha
primeira contribuição para este blog, sendo eu um Fisioterapeuta amante
da corrida que lida com runners na prática clinica, achei que seria
pertinente começar por abordar alguns aspectos chave que devem ser tidos
em conta pelos runners durante a corrida e fora dela e, que poderão
ajudar a prevenir o aparecimento de muitas lesões (Por exemplo: síndrome
da banda ilio-tibial, fasceíte plantar, etc…), melhorar a técnica de
corrida e aumentar a sua performance, tornando a corrida mais eficiente.
Aspectos Chave/Ponto Chave
1. Cadência:
Alguns estudos recentes
vieram comprovar que um aumento de cerca de 10% na cadência (nº de
passos/ minuto) mantendo a mesma velocidade, vai:
· reduzir o comprimento do passo;
· reduzir as forças de stress impostas à articulação da anca e joelho;
· aumentar
a activação dos músculos grande e médio glúteo diminuindo assim o
ângulo de adução e rotação interna da anca (melhorando o alinhamento
biomecânico da anca e joelho);
Uma cadência de +/- 180 passos/min., o que perfaz um total de 3 passos por segundo, poderá ser uma cadência aconselhada.
2. Contacto com o chão
Embora muito possa ser
dito sobre este aspecto, pensa-se que um bom contacto com o chão passa
por fazê-lo através da zona média do pé, estando o pé alinhado com a
anca e mantendo o joelho ligeiramente flectido. A melhoria da forma como
contacta o chão está intimamente relacionada com o aumento da cadência.
Desta forma, diminui-se
a força de impacto quando o pé entra em contacto com o chão, poupando
assim diversas estruturas como a fáscia plantar, o tendão de Aquiles e
superfícies articulares.
3. Postura
Correr com um bom
alinhamento, uma boa postura, é fundamental e vai permitir tirar partido
do que foi referido anteriormente, evitando assim algumas compensações
que podem surgir e que geralmente são responsáveis pelo aparecimento de
lesões.
E o que é uma boa
postura? Bom, uma boa postura irá depender das características de cada
atleta(forma de correr), contudo, há alguns aspectos genéricos que
deverão ser tidos em conta:
· Mantenha o tronco direito/vertical, sinta-se “alto”;
· Joelhos ligeiramente fletidos;
· Incline-se ligeiramente para a frente, a partir dos pés e não dobrando o tronco para a frente sobre a anca.
· Mantenha os ombros relaxados e os cotovelos fletidos a 90º.
4. Força
O que adianta termos
uma boa cadência, um bom contacto com o chão e uma boa postura, se não
temos músculos fortes e capazes de nos manter num bom alinhamento e
empurrar o chão com a força necessária?
Assim, é importante
incluir sessões de fortalecimento muscular na nossa rotina de treino
semanal e os “músculos alvo” deverão ser os glúteos (++), quadriceps,
ísquio-tibiais e os gémeos. Se quiserem tornar o treino ainda mais
completo e eficaz, poderão adicionar também, exercícios de
fortalecimento direcionados para os músculos do tronco.
Em conclusão, correr
não é só acumular Kms e quanto maior for o volume/carga de treino e
maiores as nossas expectativas, mais importância devemos dar a estes
aspectos chave que não são difíceis de implementar na corrida/treino,
mas que levam o seu tempo. De certeza que nos irão ajudar a diminuir a
probabilidade de nos lesionarmos. Comece lentamente a seguir estas dicas
e verá que a sua corrida passará a ser mais eficaz, mais económica e
com menos lesões.Caso pretenda obter informações mais específicas sobre este ou outros temas, não hesite, procure consultar o seu Fisioterapeuta.
Fisioterapeuta Paulo Fernandes
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