Hidratos de Carbono
Os hidratos de carbono são bons ou maus? Que tipos de hidratos de carbono devemos preferir e quais devemos evitar?
Imprescindíveis
Hidratos de carbono simples
São rapidamente absorvidos e digeridos 
pelo organismo e, por esse motivo, dão pouca saciedade. Dentro deste 
grupo de hidratos de carbono, os alimentos refinados (açúcar) são a pior
 opção, uma vez que fornecem as chamadas “calorias vazias”, pois 
apresentam falta de vitaminas, minerais e fibras. O açúcar, os bolos e 
os refrigerantes constituem alguns exemplos de hidratos de carbono 
simples.
Hidratos de carbono complexos 
A opção mais saudável. Os hidratos de 
carbono complexos são absorvidos e digeridos lentamente pelo organismo, 
fazendo-nos sentir saciados mais rapidamente. Os cereais, a batata, o 
arroz, a massa e as leguminosas secas (feijão, grão, lentilhas) são 
fontes de hidratos de carbono complexos.
Pequeno-almoço
Quando acordamos, as nossas necessidades
 energéticas são maiores devido ao jejum noturno, pelo que o 
pequeno-almoço deve ser rico em hidratos de carbono complexos. Ao longo 
do resto do dia dia, deve distribuí-los, de forma moderada, pelas 
restantes refeições.
Sabia que…
À noite, a produção de energia é menos 
prioritária para o organismo e, se consumir hidratos de carbono em 
exagero, estes irão ser convertidos em gordura.
Antes de treinar, opte por ingerir alimentos que forneçam energia mas que sejam pobres em gordura, como os hidratos de carbono.
Fonte: Saúde CUF
Adaptação: www.aminhacorrida.com
Nutrição no desporto

Musculação durante o sono
Em conjunto com o período após o treino,
 outro período importante para a ingestão de proteína passa-se durante o
 nosso sono, enquanto o corpo esta em repouso. Muitos culturistas 
consomem proteína consistentemente ao longo do dia, mas sofrem 
geralmente de deficiências proteicas durante a noite. Estudos recentes 
indicam que os padrões de alimentação à noite viram-se para hidratos de 
carbono complexos e simples, tais como massas e fruta. Os hidratos de 
carbono não são necessariamente más escolhas, mas aumentá-los ao fim do 
dia é uma má escolha. Na musculação a nutrição e o “timing” são tudo.
No objectivo de arrancar o nosso sistema metabólico, é melhor começar
 o dia com quantidades substanciais de hidratos de carbono combinadas 
com quantidades moderadas de proteína.
Conforme o dia progride, a dieta deverá geralmente incluir uma 
redução de hidratos de carbono e um aumento de proteínas e fibras 
vegetais durante as refeições da tarde e da noite. Testes metabólicos 
concluiram que a melhor altura para a reparação dos tecidos é à noite, 
durante o sono. Os meios metabólicos distribuem mais eficientemente a 
proteína pelos tecidos durante o sono do que durante qualquer outra hora
 do dia.
Se a ingestão de hidratos de carbono for reduzida antes de dormir, o 
corpo entrará num estado suave de hipoglicemia durante o sono, criando 
uma elevada resposta de utilização metabólica de gordura durante a 
libertação da hormona de crescimento e outros químicos e enzimas. Esta 
resposta é especialmente melhorada se houver actividade cardiovascular à
 noite.
Durante o sono, o corpo tem o potencial de poder utilizar quantidades
 extremas de gordura e libertar uma abundância de fluídos sub-cutâneos. 
Esta resposta durante o sono, tal como se relaciona com os níveis de 
cortisol e aldoesterona, pode criar uma plataforma a partir da qual o 
corpo pode utilizar mais eficientemente a proteína que foi ingerida ao 
longo do dia, particularmente a proteína consumida ao fim do dia.
Baseando-se nesta informação, faz 
sentido ingerir uma quantidade significante de proteína à noite, 
imediatamente antes de dormir, em parte como uma resposta aos “travões” 
metabólicos, tais como aldoesterona e cortisol, e aos síndromas 
catabólicos.
É durante o espaço de 45 minutos após 
acabar o treino que o músculo absorve 85% daquilo que vai usar para 
crescer. Lembrem-se sempre deste facto e os resultados aparecem. Nesse 
momento temos que lhe dar tudo aquilo que o constitui e aquilo que possa
 melhorar o transporte desses mesmos nutrientes até ele. É aí que 
crescerá, recuperará do desgaste e ficará maior e mais forte que antes 
para responder ao próximo esforço ainda mais intenso.
Deste modo encontramos a base: A Proteína.
Para as pessoas mais magras com grande necessidade de ganhar peso, 
usa-se os chamados Incrementadores de Peso ou Gainers. Estes são uma 
mistura de Hidratos de Carbono com Proteína e Vitaminas basicamente. Com
 os Gainers conseguir-se-á dar ao organismo “injecções” de calorias que 
são o fundamental para ganhar peso. Os Gainers não têm gordura, logo o 
risco de a gordura aparecer é mínimo. (mas atenção há relação 
consumo/gasto calorias diário)
Já temos os Hidratos de Carbono e as Proteínas. Ainda dentro do 
básico podemos inserir a Creatina, as Vitaminas, a 
Glutamina, Aminoácidos e BCAA.
A Creatina é um suplemento polivalente:
Volume Muscular, Força, Resistência e recuperação. Além disso e tal 
como dissemos no início, o músculo é 70/75% água. A Creatina “puxa” água
 ao músculo e dá-lhe maior volume e rigidez. É um fenómeno muito bom, 
visto que a água ser a maior parte da massa muscular.
A Glutamina é simplesmente o amino presente em maior quantidade no 
corpo e na massa muscular. Funciona a vários níveis: Volumização e 
construção muscular sem retenção de água; promove a produção de hormona 
de crescimento; exerce também uma função a nível do desempenho cerebral.
 3 a 5 g em cada batido e tudo fica bem melhor.
Glutamina como tomar:
Tome 1 (um) scoop (aprox. 5g) três vezes ao dia, dissolvendo/ misturando no suco ou água.
Sugestão de uso alternativa: 10 gramas antes do exercício de musculação e 5 gramas logo após.
Os Aminos e BCAA. Para quem consumir proteína de boa qualidade, 
talvez se tornem desnecessários. Os Aminos não são mais do que aquilo 
que contém a Proteína. Se “partissemos” uma proteína em “bocadinhos” o 
que resultava eram vários aminoácidos. A vantagem destes é que já estão 
decompostos e são mais rapidamente absorvidos e melhor aproveitados sob a
 forma simples. Os BCAA são 3 Aminos especifícos ( L-Leucina, 
L-Isoleucina e L-Valina). Estes três são considerados os mais anabólicos
 e que entram mais directamente nu músculo e na sua construção.
Neste momento já falamos dos mais essenciais daqueles suplementos que
 são a base de qualquer crescimento muscular. Com esta base já se pode 
ir muito longe em ganho e rendimento muscular.
Mesmo que não necessite ganhar muitos quilos convém consumir alguns 
Hidratos de Carbono, (não muito por forma à perda de gordura) pois é a 
grande forma de conseguir energia para os treinos. Pode conseguir-se 
isso misturando uma Proteína com um Gainer ou então uma 
Proteína com Maltodextrina ou Dextrose que são Hidratos de Carbono 
puros.
Hidratos de Carbono – Os indesejáveis
As dietas que reduzem drasticamente o consumo de hidratos de carbono estão entre as mais polémicas.
Reduzir o consumo de pão, massas ou batatas baixa o teor de açúcar no
 sangue, o que leva que o pâncreas a produzir menos insulina, que é um 
catalizador de energia e o principal regulador energético do corpo.
Com níveis mais baixos de insulina, o organismo é levado a queimar as suas reservas de gordura para obter energia. Tal processo leva a uma perda de peso considerável.
Contudo, grande parte da comunidade científica internacional não acredita que o consumo de hidratos de carbono seja a causa principal do aumento de peso.
Com níveis mais baixos de insulina, o organismo é levado a queimar as suas reservas de gordura para obter energia. Tal processo leva a uma perda de peso considerável.
Contudo, grande parte da comunidade científica internacional não acredita que o consumo de hidratos de carbono seja a causa principal do aumento de peso.
Acreditam que as pessoas perdem peso porque reduzem a ração calórica,
 ao limitarem os hidratos de carbono. O corpo vai buscar às proteínas e 
gorduras os níveis energéticos que anteriormente eram facultados pelos 
hidratos de carbono. E essa “queima” de gorduras e proteínas gera a 
produção de substâncias tóxicas, altamente prejudiciais à saúde.
As verduras contêm muita água e pouca gordura. O conteúdo calórico é 
baixo e provém essencialmente dos hidratos de carbono. À excepção da 
batata, que pode ser considerada uma fécula, todas as verduras são 
ligeiras. Ainda que as frutas também possam ser qualificadas de 
alimentos saudáveis e naturais, não devem ser consumidas em excesso, 
sobretudo quem deve seguir uma determinada dieta.
O consumo abundante de frutas e verduras permite reduzir a ingestão 
calórica diária por uma mesma quantidade de alimento e ao mesmo tempo, o
 estômago sente-se saciado mais depressa. As frutas e as verduras não 
substituem outros alimentos como a carne, o peixe ou os lácteos. Ainda 
que seja bom aumentar o seu consumo, não convém alimentar-se 
exclusivamente de frutas e verduras.
Excepto circunstâncias especiais, um consumo diário de frutas e 
verduras tornam desnecessário o suplemento vitamínico ou de fibra. Por 
outro lado, são muitas as razões para incluir estes alimentos no plano 
alimentar diário.
Grãos Integrais: Os Hidratos PerfeitosO organismo converte todos os 
hidratos de carbono em glicose. Mas decompõe os grãos processados muito 
mais rapidamente do que os grãos intactos. A decomposição rápida dos 
hidratos de carbono processados causam, muitas vezes, grandes oscilações
 do açúcar no sangue que podem levar a ataques de fome, causar a 
descarga de hormonas de stresse e iniciar o acumular de placas 
arteriais. Varona compara os alimentos feitos com grãos refinados com o 
papel de jornal de fácil queima. Os grãos integrais, por outro lado, são
 como toros que queimam durante horas e proporcionam um calor contínuo.
Os grãos integrais mais comuns são o arroz integral, cevada, milho, 
aveia, trigo sarraceno, centeio e trigo integral. Poderá, também, 
experimentar outros grãos à venda em casas de produtos alimentares. É 
fácil arranjar boas receitas de alimentos feitos com grãos integrais na 
Internet. Mas, habituar-se a gostar destes alimentos de grande valor 
nutritivo poderá requerer alguma paciência – os grãos integrais levam, 
geralmente, mais tempo para cozer do que os grãos refinados.
Necessidades de hidratos de carbono;
Os hidratos de carbono constituem uma fonte importante de energia, 
indispensável para a actividade muscular. Para além disso, favorecem a 
utilização dos aminoácidos. Deve-se administrar ao idoso quantidades 
adequadas de hidratos de carbono, para que a glicémia se mantenha dentro
 dos valores normais.
Os hidratos de carbono devem ser administrados sob a forma de 
hidratos de carbono complexos representados pelos amidos, pois a 
absorção destes é lenta na medida em que eles devem ser previamente 
submetidos à digestão enzimática que os reduzirá a moléculas de glicose.
 Estão presentes em muitos alimentos de origem vegetal. Os hidratos de 
carbono devem representar 50 a 60 por cento do valor calórico total.
Ganhar Massa Muscular
Programa alimentar e de suplementação para ganhos de massa muscular.
A massa muscular é indispensável ao atleta de força independentemente
 da sua actividade física e do seu objectivo desportivo. Quer estejamos a
 falar de culturistas, halterofilistas, atletas de alta competição ou 
simplesmente daquela pessoa que só busca o bem-estar físico trabalhando o
 corpo, encontramos um elo de ligação comum: Ganhar massa muscular 
magra!
Objectivo: Aumentar a massa muscular.
Todos os atletas que praticam este tipo de treino designado 
por treino de força têm mais facilidade em ganhar massa muscular do que 
em qualquer outro tipo de treino.Porém, verificamos em muitos casos que,
 apesar de realizarmos um treino de força bem elaborado e com 
regularidade, os resultados tardam em aparecer. Muitas das vezes o 
problema está relacionado com a qualidade e quantidade dos alimentos que
 ingerimos diariamente e não com o treino em si.
As proteínas são o principal constituinte dos músculos. No entanto, a
 ingestão exagerada das mesmas não conduz a um aumento da massa 
muscular, mas sim à sua conversão em hidratos de carbono utilizados como
 substrato energético, ou mesmo em gordura que irá ser armazenada. O 
segredo não está portanto numa ingestão desmedida de proteínas, mas sim,
 na combinação destas com hidratos de carbono e suplementos, de forma a 
potenciar a sua acção.
Massa muscular e definição muscular.
Grande parte dos atletas pretendem ganhar massa muscular, e 
simultaneamente, aumentar a sua definição através da diminuição da 
gordura corporal o que é impossível. Perder gordura corporal implica uma
 ingestão calórica inferior aquela que seria recomendada, o que se torna
 contra produtivo numa fase em que precisamente necessitamos de mais 
calorias para desenvolver a nossa massa muscular. É por esta razão, que 
os atletas passam por uma primeira etapa onde aumentam a sua massa 
muscular, pelo aumento da ingestão calórica, e seguidamente, passam a 
uma segunda fase onde vão privilegiar a definição muscular através de 
uma ingestão hipocalórica.
Quando pretendemos aumentar de massa muscular e consequentemente o 
nosso peso, devemos utilizar uma dieta hipercalórica. Uma vez que 
estamos a aumentar a nossa massa muscular, devemos proporcionar ao nosso
 corpo todos os nutrientes necessários para o ajudar a construir essa 
estrutura, e ao mesmo tempo, dar-lhe toda a energia para os treinos 
exigentes a que o sujeitamos. Factores como a idade, altura, sexo, tipo 
do treino e outros vão fazer variar as nossas necessidades nutritivas. 
Por norma, para se aumentar a massa muscular, o atleta deve consumir 
52cal/kg peso corporal/dia, o que corresponde aproximadamente a um 
excesso de 500 a 1000cal diárias.
Apesar desta quantidade elevada de calorias, as gorduras só devem 
constituir 15 a 20% do total ingerido. Devem ser, de preferência, poli e
 monoinsaturadas tais como as que encontramos no peixe, azeite, frutos 
secos, oleaginosos etc. As gorduras saturadas, presentes na carne e 
produtos lácteos devem ser reduzidas; carnes vermelhas devem ser 
substituídas por carnes brancas e os lacticínios devem ser magros.
Uma alimentação variada rica em vitaminas e minerais é também muito 
importante para nos proporcionar uma boa saúde bem como para melhorar o 
metabolismo a nível muscular.
Importância dos hidratos de carbono:
A energia dos nossos músculos provém dos hidratos de carbono neles 
armazenados, sobre a forma de glicogénio. Esta energia, é usada para 
melhorar a contracção muscular durante o treino, e simultaneamente, para
 promover a regeneração e o crescimento do músculo após a actividade 
física. Quando as reservas de glicogénio muscular se esgotam vão ser as 
próprias proteínas a desempenhar este papel e por conseguinte assistimos
 a uma degradação do músculo.
Estudos publicados indicam também que uma dieta proteica e rica em 
hidratos de carbono, aumenta os níveis de insulina e de hormona de 
crescimento no sangue. Estas duas hormonas anabólicas, vão promover a 
absorção proteica e a síntese de aminoácidos, aumentando assim a massa 
muscular.
Por esta razão, a quantidade de hidratos de carbono a ingerir deverá 
ser nesta fase elevada, constituindo cerca de 60 a 70% da ingestão 
calórica total. É recomendado um consumo de 9g / kilo peso corporal que 
poderá aumentar para 11 a 12g/ kilo de peso corporal se o treino se 
prolongar por mais de duas horas.
Regras gerais para ganhar massa muscular:
- Comer no mínimo 6 a 8 vezes ao dia;
 - Aumentar a quantidade de alimentos ingeridos em cada refeição;
 - Utilizar os batidos de nutrição desportiva mas nunca como substitutos da refeição;
 - Ter em atenção que as gorduras só devem fornecer 25% das nossas calorias diárias;
 - Consumir cerca de 1,4-2g proteína/kg/peso e 9 g hidratos/kg peso;
 - Realizar um programa de treino de força intenso regularmente;
 - Aumentar a ingestão calórica diária em 500-1000cal/dia;
 - Consumir 52 cal/kg/peso/dia.
 
Benefícios da Soja – Proteína de Soja (Doenças Cardíacas, pesquisadas desde 1977).
Os resultados de uma meta-análise de 38 estudos clínicos concluíram 
que o consumo da proteína de soja pode baixar o 
colesterol sanguíneo total e o colesterol LDL em comparação com o 
consumo de proteínas animais. A redução do colesterol sangüíneo LDL 
(“mau”) ajuda a reduzir o risco de doença cardíaca coronariana. Além 
disso, a proteína de soja pode ter um impacto no aumento do colesterol 
HDL (“bom”).
A Associação Cardíaca Americana 
recomenda o consumo de proteína de soja (com isoflavonas naturalmente 
presentes) como parte de uma dieta saudável para o coração, para pessoas
 com colesterol total e LDL elevado.

Raquel Madeira
Personal trainer- Virgin Active Oeiras
Nutrição no desporto
A
 alimentação dos desportistas é cada vez mais vista pelos agentes 
desportivos com atenção e  reocupação. De facto, a nutrição deve ser 
inserida no plano de treinos com base científica no sentido de optimizar
 o  sucesso dos atletas. Devemos considerar o atleta como um indivíduo 
sujeito a gastos energéticos muito superiores aos da população geral, do
 que resultam exigências nutricionais específicas.
O gasto energético no desporto depende das características do atleta 
(sexo, composição corporal, altura, …), do exercício (frequência, 
intensidade e duração) e do ambiente onde este se efectua (temperatura, 
…). A alimentação deve satisfazer as 
acrescidas exigências energéticas, e como determina a disponibilidade 
dos substratos energéticos nos atletas, deve ser planeada de forma a 
contribuir para maximizar as suas reservas.
O controlo de peso e a avaliação corporal são essenciais em desportos
 que consistem no transporte do corpo, como na canoagem. O excesso de 
peso ou proporções inadequadas de massa gorda podem ter consequências 
negativas na performance desportiva. Os atletas devem ainda considerar 
que estão  ropensos a um maior stress fisiológico e oxidativo durante o 
exercício, sendo a sua recuperação e preparação um dos principais 
objectivos da nutrição desportiva. Para o atleta, não só o tipo e 
quantidade de alimentos que ingere deve ser tido em conta, como também o
 momento em que são ingeridos. A educação é assim fundamental.
Uma incorrecta escolha alimentar pode impedir que o atleta atinja o 
 seu máximo potencial e até mesmo ter implicações no seu estado de 
saúde. Contudo, é necessário frisar que a nutrição não faz por si só 
 vencedores, mas pode eventualmente fazer a diferença em determinados 
momentos competitivos. A nutrição no desporto deve também orientar o 
atleta para uma alimentação saudável, prevenindo diversas patologias 
relacionadas com hábitos alimentares desadequados, como doenças 
cardiovasculares, obesidade, diabetes e vários tipos de cancro. Embora o
 rigor científico defina as características de um bom acompanhamento 
nutricional, a intervenção alimentar não deve esquecer a cultura, os 
gostos e o bem estar de cada um. Só desta forma a nutrição 
pode contribuir para o melhor sucesso dos atletas.
Nos próximos documentos, e através de uma linguagem simples e 
objectiva, serão abordados vários aspectos da nutrição, desde a 
importância de cada nutriente para o atleta às melhores escolhas 
alimentares no momento competitivo. Procuramos assim sensibilizar os 
atletas de canoagem para uma alimentação mais consciente, com base 
científica e que o encaminhe para um ainda maior sucesso neste desporto.
Hidratos de Carbono
- Os hidratos de carbono são compostos por moléculas simples 
associadas formando grandes moléculas, como o amido, ou mais pequenas, 
como a sacarose, o açúcar vulgar. Durante a sua digestão são  degradados
 nos seus constituintes mais simples  para serem absorvidos no intestino
 e passarem para corrente sanguínea.
- Encontram-se principalmente no pão, batata, massa, arroz e outros 
cereais. Outros alimentos confeccionados a partir dos cereais e 
adicionados de açúcar são também ricos em hidratos de carbono: cereais 
de pequeno-almoço, bolachas e diversos produtos de confeitaria. A fruta e
 as leguminosas secas como o feijão, também fornecem quantidades 
razoáveis de hidratos de carbono.
- Os substratos energéticos dependem fundamentalmente da intensidade 
do exercício. Quanto mais intenso maior é a contribuição dos hidratos de
 carbono. É também o único substrato metabolizado anaerobiamente, ou 
seja na ausência de oxigénio, que caracteriza as actividades de elevada 
intensidade. Assim, os hidratos de carbono têm um papel central no 
metabolismo energético. Como seu principal combustível, os atletas devem
 ter especial cuidado com a quantidade e tipo de hidratos de carbono a 
ingerir.
- As reservas de glicogénio muscular e no fígado estão limitadas a 
cerca de 500g. Por isso é importante que o atleta tenha cuidados 
especiais com a ingestão antes, durante e após o exercício, 
especialmente se tem uma duração superior a 1 hora e de intensidade 
média/elevada. - A quantidade, qualidade e momento em que são ingeridos 
também pode determinar uma boa ou má reposição de glicogénio muscular, 
sendo estes factores ainda mais preponderantes quando os intervalos 
entre os treinos e competições são curtos.
Os alimentos fornecedores de hidratos de carbono podem ser 
classificados tendo em conta a velocidade com que são absorvidos no 
sangue, ou seja, a glicose chega ao sangue:
Elevado índice glicémico (IG) – Os hidratos de 
carbono destes alimentos entram rapidamente no sangue provocando um pico
 de insulina. A insulina é uma hormona secretada pelo organismo com 
função de armazenar os açúcares que chegam ao sangue vindos da digestão.
 São alimentos indicados para a reposição rápida de energia, por exemplo
 durante ou imediatamente após o treino.
Baixo índice glicémico (IG) – os hidratos de carbono nestes alimentos demoram mais tempo a entrar na circulação sanguínea. São mais indicados antes de um treino para que não ocorra elevado aumento de insulina. Este aumento de insulina dificulta a saída da glicose das reservas de glicogénio hepático (fígado) para ser usada nos músculos em actividade. Os alimentos com baixo IG, ao contrário dos com elevado IG, diminuem a fome, promovem a saciedade, melhoram o controlo do peso e o perfil lipídico.
Baixo índice glicémico (IG) – os hidratos de carbono nestes alimentos demoram mais tempo a entrar na circulação sanguínea. São mais indicados antes de um treino para que não ocorra elevado aumento de insulina. Este aumento de insulina dificulta a saída da glicose das reservas de glicogénio hepático (fígado) para ser usada nos músculos em actividade. Os alimentos com baixo IG, ao contrário dos com elevado IG, diminuem a fome, promovem a saciedade, melhoram o controlo do peso e o perfil lipídico.
- A deficiente ingestão de hidratos de 
carbono antes e durante o treino/competição contribui para que as 
reservas de energia se esgotem mais rapidamente, contribuindo para a 
instalação precoce de estados de fadiga.
- Uma boa reposição de hidratos de 
carbono na hora seguinte após o treino é fundamental. Permite uma 
recuperação mais rápida e em maior quantidade do glicogénio muscular e 
hepático o que significa um melhor preparação para o treino seguinte. 
Desta forma, influencia a performance do atleta.
- Os atletas devem consumir 
habitualmente alimentos ricos em hidratos de carbono (5-10g/kg/dia), 
contribuindo para cerca de 60% do valor calórico total diário da 
sua alimentação. Estas recomendações não são geralmente conseguidas mas 
são necessárias que aconteça a maximização das reservas de glicogénio e 
energia. A quantidade específica de hidratos de carbono a ingerir 
depende pois do tempo e intensidade dos treinos.
- Nas suas escolhas alimentares, o 
atleta deve ver os alimentos fornecedores deste nutriente não como 
acompanhamento mas como o centro das refeições.
Proteínas
- As proteínas desempenham diferentes 
funções no organismo humano. De interesse para o atleta, destaca-se a 
sua importância na construção de massa muscular, na recuperação de 
microlesões celulares e a sua ligeiramente maior contribuição como 
substrato energético durante o exercício de endurance.
- São nutrientes que existem 
especialmente na carne, peixe, leite, iogurte, queijo leguminosas secas e
 ovos. O atleta deve preferir as opções magras destes alimentos.
- Contrariamente ao que muitos atletas 
possam pensar, a maior ingestão de proteínas não leva por si só a um 
aumento de massa muscular. O excesso de proteínas no organismo é oxidado
 e eliminado pela urina.
- Embora as necessidades de um atleta 
sejam ligeiramente superiores às de um indivíduo sedentário, uma 
alimentação inserida no nosso padrão cultural, fornece as adequadas 
quantidades de proteínas. Para um atleta de endurance 
recomenda-se 1,2-1,5g/kg/dia.
- É importante que o atleta tenha uma 
alimentação rica em hidratos de carbono pois na sua falta as proteínas 
serão usadas como fonte de energia em vez de ajudarem a constituir a 
massa muscular. Atletas em risco de ingestão inadequada de proteínas são
 os que restringem a ingestão energética ou a variedade alimentar (ex: 
vegetarianos).
- A suplementação com proteínas não é 
recomendada. O excesso de ingestão proteica pode levar à desidratação, 
perda urinária de cálcio, ganho de peso e stress para os rins e fígado a
 longo prazo.
Gorduras
- Embora os hidratos de carbono sejam a 
principal fonte de energia em exercícios de intensidade elevada, a 
gordura é o mais importante combustível em actividades de intensidade 
ligeira a moderada.
- Os atletas devem consumir entre 20-30%
 de energia provenientes das gorduras. Uma alimentação pobre em gordura e
 alta em hidratos de carbono é também importante por razões de saúde, 
porque diminui o risco de doença cardiovascular, obesidade, diabetes e 
alguns tipos de cancro.
- Estas doenças estão relacionadas com o
 consumo exagerado de gordura, principalmente saturada proveniente das 
carnes vermelhas, enchidos, fumados, fritos, produtos de pastelaria, 
confeitaria, e a um consumo deficiente de gordura insaturada proveniente
 do azeite, soja, frutos gordos (noz, amêndoa, …) e peixes como o 
salmão, sardinha e atum.
- O atleta deve ainda ter um cuidado 
especial com a ingestão excessiva de gorduras antes de um treino ou 
competição pois podem provocar problemas gastrointestinais e privar uma 
adequada ingestão de hidratos de carbono.
Fibras
- As fibras existem essencialmente nos 
cereais integrais, frutas, hortaliças e legumes. Uma boa ingestão diária
 destes produtos favorece o trânsito intestinal e, a longo prazo, 
contribuem para a prevenção de diversas formas de cancro.
- As fibras são também importantes 
moduladores da absorção, ajudando a controlar o índice glicémico e a 
inibir a absorção de colesterol.
- O atleta deve escolher alimentos ricos
 em fibras no seu dia a dia – legumes, frutas e cereais integrais. 
Contudo, nas refeições que antecedem a competição deve restringir o seu 
consumo pelo desconforto gastrointestinal que possam causar.
Vitaminas
- Embora não sejam nutrientes 
energéticos, as vitaminas são extremamente importantes na capacidade 
funcional do corpo humano, intervindo em diversas reacções metabólicas 
que ajudam na defesa e protecção do organismo contra o stress causado 
pelo exercício.
- Uma alimentação variada e rica em 
fruta, legumes e hortaliças fornece já as quantidades adequadas de 
vitaminas, sem que haja consequências negativas para a saúde do atleta.
- A suplementação pode ser um importante
 suporte e apoio para os atletas expostos a um mau padrão alimentar. 
Parece trazer benefícios para a sua saúde e performance apenas em 
situações de correcção de alguma deficiência vitamínica. - Embora os 
níveis de toxicidade de vitaminas seja difícil de alcançar com 
ingestão de alimentos, o atleta deve ser educado e motivado para uma 
correcta escolha alimentar em vez de ser direccionado para a 
suplementação pois aumentará o risco de toxicidade.
Minerais
- Uma alimentação saudável e equilibrada pode fornecer as doses recomendadas de minerais para os atletas.
- Contudo, as mulheres atletas e em 
especial as que fazem restrição alimentar podem não ingerir suficientes 
quantidades de cálcio e ferro. Juntamente com o stress fisiológico a que
 estão submetidas devido à intensidade dos treinos, estas atletas têm 
elevados riscos de osteoporose, anemia e distúrbios hormonais 
e menstruais.
- As atletas femininas devem ter 
especiais cuidados com a sua alimentação procurando os alimentos que 
forneçam estes minerais. O ferro encontra-se essencialmente na carne, 
peixe e cereais fortificados. A principal fonte de cálcio é o leite e 
seus equivalentes.
- Se necessário, as atletas devem recorrer à suplementação destes minerais.
Ergogénicos
A principal preocupação relativamente à 
nutrição deve ser corrigir os erros  alimentares e adaptar uma boa 
alimentação ao dia a dia do atleta retirando daí os benefícios para a 
sua saúde e performance. Os ergogénicos devem ser entendidos como 
ajustamento de detalhes. Não faz sentido que o atleta se apoie 
nestas substâncias sem ter criado um regime alimentar correcto, já que é
 aí que reside o sucesso da nutrição no desporto. De seguida são 
descritas algumas substâncias que têm tido resultados significativos na 
performance desportiva.
Cafeína
É um estimulante natural que existe em 
produtos como o café, o chá e o guaraná. Intervém a nível do sistema 
nervoso e as suas propriedades excitantes afectam o estado de vigilância
 e tempo de reacção do atleta. Além disso, é em exercícios de 
longa duração que as suas propriedades são mais relevantes pelo aumento 
da disponibilidade de ácidos gordos livres (gordura) para o metabolismo 
energético, poupando glicogénio muscular e retardando a fadiga. Devido a
 esta propriedade, muitos atletas usam a cafeína para emagrecimento.
De salientar, também, que a sua 
constante utilização induz habituação, ocorrendo a diminuição dos seus 
efeitos benéficos como excitante.
Creatina
A creatina é um dos suplementos mais 
conhecidos e procurados pelos atletas. Contudo, apenas parece ter 
efeitos benéficos na performance de um atleta em exercícios de elevada 
intensidade e curta duração (menos de 30s) executados repetidamente, não
 representando, pois, importância para competições longas. Deve ter-se 
em consideração que a toma de suplementos de creatina resulta 
num aumento de peso (metade em água, metade em massa muscular) podendo 
ser prejudicial em desportos que dependam do transporte do corpo.
Bicarbonato
O bicarbonato pode melhorar a 
performance em exercícios intensos e com duração aproximada de 1-5 
minutos pois a energia utilizada provém principalmente da via anaeróbia,
 isto é, na ausência de oxigénio.
A via anaeróbia pode levar à acumulação 
excessiva de ácido láctico nas células. Assim, ao não ser removido, 
causa fadiga muscular o que prejudica a performance dos atletas.
O bicarbonato é uma substância alcalina 
que ajuda a neutralizar o ácido láctico. Desta forma, o estado de fadiga
 demora mais tempo a instalar-se, o que representa importantes 
implicações no rendimento do atleta.
Contudo, a ingestão de bicarbonato deve 
ter considerações especiais, pois pode causar problemas 
gastrointestinais, vómitos e diarreia.
Porquê, o quê e como comer?
Porque
 ninguém tem necessidade do que não conhece, aqui estou escrever estas 
linhas com o objectivo de contribuir para uma consciencialização maior 
acerca dos problemas relacionados com SAÚDE/ ALIMENTO/COMIDA!
Porquê comer? É nos alimentos que se encontram certas substâncias utilizadas pelo corpo como alimentação. 
Os nutrientes.
Todo o organismo humano tem necessidades alimentares que se traduzem por NECESSIDADES ENERGÉTICAS, a satisfazer com as calorias fornecidos pelos alimentos e pela utilização de nutrientes contidos nas mesmas - proteínas, glúcidos e lípidos.
Todo o organismo humano tem necessidades alimentares que se traduzem por NECESSIDADES ENERGÉTICAS, a satisfazer com as calorias fornecidos pelos alimentos e pela utilização de nutrientes contidos nas mesmas - proteínas, glúcidos e lípidos.
NECESSIDADES PLÁSTICAS, através de nutrientes também integrados nos alimentos – proteínas, lípidos, sais minerais e água.
NECESSIDADES DE PROTECÇÃO/REGULAÇÃO, mediante nutrientes específicos 
existentes em certos alimentos – vitaminas e sais minerais. Assim, para 
um bom equilíbrio, precisamos de nutrientes Energéticos/ Plásticos/ 
Reguladores, podendo cada alimento conter mais de um nutriente com 
funções específicas.
As proteínas constroem o organismo, expondo os materiais perdidos e dando calorias;
Os lípidos – ou gorduras – ao serem queimados, dão calorias cuja função é manter a temperatura do corpo;
As proteínas constroem o organismo, expondo os materiais perdidos e dando calorias;
Os lípidos – ou gorduras – ao serem queimados, dão calorias cuja função é manter a temperatura do corpo;
Os glúcidos – ou açúcares (não é só o açúcar normal!) ou ainda 
hidratos de carbono – que se transformam em glucose, dando calorias sob a
 forma de trabalho e esforço; As vitaminas, protetoras do organismo 
contra várias doenças e reguladoras de funções bastante variadas; Os 
sais minerais, que exercem funções de proteção e entram na própria 
composição corporal.
Em conclusão: Todos estes nutrientes têm de entrar equilibrada mente 
na nossa alimentação para que esta responda às necessidades fundamentais
 do organismo.
O QUE COMER?
Quais as necessidades e os gastos do organismo, isto é, qual a 
proporção entre os vários nutrientes? A nutrição varia de pessoa para 
pessoa, já que cada uma delas tem um equilíbrio próprio e único, tal 
como no caso das impressões digitais. Além disso, o clima, a região 
geográfica, a idade, o sexo, a actividade, etc.. etc., contribuem muito 
para aumentar essa diferença individual. As necessidades de um esquimó 
não são as mesmas de um habitante das regiões equatoriais, tal como não 
são iguais as de um atleta, em confronto com as de um empregado de 
escritório com vida sedentária. O quadro abaixo dá-nos um resumo sobre 
os alimentos que asseguram um equilíbrio nutritivo:
| Ricos em Proteinas | Ricos em açucares(ou hidratos de Carbona) | Ricos em Vitaminase Sais Minerais | 
| Origem animalCarne,peixe,leite,queijo,ovos
Origem vegetal Soja,feijão,grão, cereais  | 
Farinhas ( preferência integrais)Massa, doce, batata, açúcar, fruta | Legumes frescosFruta | 
UM ATLETA, o que deve comer?
Uma outra pergunta tem de ser feita:
QUE ATLETA? Um «sprinter » ou um fundista? Um 
lançador ou um saltador? E isto porque, através de experiências já 
realizadas, sabe-se que a contracção muscular é mais forte – e, como 
tal, «gastasse» mais rapidamente – num atleta cuja alimentação seja 
feita tendo por base alimentos carnívoros, ao contrário de um apreciador
 de vegetais que, ao contrair os músculos. fá-lo de forma mais suave e, 
portanto, menos «desgastante ».
Os glúcidos que se «queimam» num regime de base vegetariana permitem 
uma recarga de glicogénio que favorece uma actividade muscular 
prolongada de endurece, enquanto o regime de base carnívora, beneficia 
as actividades que exigem força e velocidade. O carácter alcalino do 
regime vegetariano conduz a uma neutralização dos efeitos ácidos 
provocados pela fadiga. Convém lembrar, no entanto, que é necessário 
manter uma certa quantidade proteica neste regime para que haja um 
equilíbrio no meio ácido, o que nos leva, no momento actual, a preferir,
 talvez, um regime misto de vegetais e produtos lácteos. O tipo de 
alimento a consumir obriga-nos, naturalrnente. a analizar o pormenor 
quantidade/qualidade dos nutrientes respectivos. De uma maneira geral, 
podemos indicar, como regime equilibrado para um atleta (e não esquecer a
 tal diferença … ) uma composição de: 55% de glúcidos 30% de lípidos 15%
 de pr6tidos. Ainda relativamente a este aspecto, temos de tocar as 
alterações de qualidade verificadas, hoje em dia, nos vários alimentos. 
Os de origem agro-pecuária estão submetidos, tal como os produtos 
industriais, às leis económicas, que exigem um aumento de produção com 
um baixo custo, sem se atender, muitas vezes, à qualidade do produto.
Muitos dos produtos considerados frescos, até há pouco, não o são 
mais, pois o congelamento e os vários tipos de conservacão substituiram 
progressivamente o estado natural: Por outro lado, as formas de produção
 através de elementos químicos e de exploração dos solos conduzem a uma 
interiorização da qualidade do produto e até mesmo a uma toxidade do 
mesmo indesejada. A poluição e as alterações crescentes de «qualidade» 
de vida trazem, para além de uma degradação generalizada, a. 
contaminação da água, elemento fundamental à vida das plantaste animais.
Um pouco por toda a parte vai faltando a água potável na sua forma 
natural e todos nós sabemos que a água consumida nas cidades, vilas e 
aldeias é normalmente submetida a processos químicos de «purificação» 
que, de forma alguma substituem o seu estado natural.. É 
bacteriologicamente pura Aquando o é… ) mas não é natural. Além disso, 
as quantidades de desinfetantes (cloro) são em tais proporções que, 
«matando» tudo, também nos vão «roendo» por dentro – e a água é um dos 
elementos mais importantes para o nosso organismo. Procurar consumi-la 
no seu estado mais natural possível é regra fundamental, de que 
facilmente nos esquecemos. Algo importante, assim, é a «vitalidade» dos 
alimentos, derivada de uma exposição solar conveniente, água em 
qualidade e quantidade, solos equilibrados e naturalmente respeitados.
Um alimento carregado de «energia vital» é mais facilmente nutriente 
do que qualquer outro e as experiências que conduziram à constituição 
das pílulas alimentares, com as devidas’ proporções energéticas, 
plásticas e reguladoras, são a prova disso com o senão, porém, de não 
representarem uma alimentação correcta, já que, ao fim de algum tempo, o
 organismo sofreu de perturbações, principalmente a nível das 
actividades reguladoras, porque as tais pilulas eram destituídas de 
«energia biológica» (própria para a vida).
Já se estudou alguma coisa, mas muito falta investigar! Como 
resolver, ou melhor, atenuar o problema da alteração de qualidade dos 
alimentos? Só através de uma selecção na aquisição dos produtos, quer 
quanto à sua origem, quer quanto à sua naturalidade e frescura, 
desenvolvendo uma noção de equilíbrio natural das coisas de forma a 
permitir-nos relacionar o que nos cerca, facto só possível com o estudo e
 interrogação permanentes, com uma atitude repleta de «sentido 
ecológico».
O exemplo da maçã pode ser tocado. As suas grandes dimensões não são sinal de melhor qualidade e se pensarmos nos motivos por que ela é grande, concluiremos que o é porque o seu ritmo de crescimento natural foi alterado por vários processos, para ser mais «atraente», para se vender mais, embora a sua qualidade não seja comparável à de uma maçã que cresceu no seu ritmo normal (sentido ecclóqico). Em todos as medidas agrícolas há que ter sempre presente que hão-de servir não só para produzir a quantidade necessária de alimentos, como, também, para melhorar a sua qualidade e aumentar o seu valor biológico. «Se o cultivo de plantas e a obtenção de alimentos, nas hortas, nos campos e nos rebanhos, se efectuarem conforme as leis biológicas básicas, então, de uma terra sã; surgirá uma vida sã»!
O exemplo da maçã pode ser tocado. As suas grandes dimensões não são sinal de melhor qualidade e se pensarmos nos motivos por que ela é grande, concluiremos que o é porque o seu ritmo de crescimento natural foi alterado por vários processos, para ser mais «atraente», para se vender mais, embora a sua qualidade não seja comparável à de uma maçã que cresceu no seu ritmo normal (sentido ecclóqico). Em todos as medidas agrícolas há que ter sempre presente que hão-de servir não só para produzir a quantidade necessária de alimentos, como, também, para melhorar a sua qualidade e aumentar o seu valor biológico. «Se o cultivo de plantas e a obtenção de alimentos, nas hortas, nos campos e nos rebanhos, se efectuarem conforme as leis biológicas básicas, então, de uma terra sã; surgirá uma vida sã»!
Concluindo este capítulo. diremos que um regime alimentar de base 
lacto-vegetariana, respeitando as leis da nutrição e do equilíbrio 
natural, parece-nos, dentro de todas as condicionantes culturais/sociais
 do nosso país, a hipótese mais viável e saudável para alguém que se 
dedique à corrida e não só). Cereais e farinhas integrais, nozes, 
avelãs, amêndoas, amendoins, legumes, verduras, tubérculos e raízes 
raladas, batatas cozidas sem as descascar, frutas, pão integral, azeite 
extraído a frio, leite, produtos lácteos (queijo e manteiga), ovos e, 
ocasionalmente, algum peixe e alguma carne, devem constituir «o que 
comer».


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