A parte 
final das provas constitui quase sempre um período de momentos 
dramáticos para qualquer corredor, seja ele de nível elevado 
ou simplesmente atleta de pelotão. A acumulação do esforço desenvolvido,
 a ânsia de ver ultrapassada a linha de chegada e a luta contra o tempo e
 companheiros de corrida, conduzemno a um estado de “stresse” envolvente
 a que nenhum se pode esquivar.
SÓ PARA ALGUNS CORREDORES …
Corredores há, com vários anos nas 
suas carreiras e milhares de quilómetros nas pernas, que nunca 
saborearam o prazer indescritível que se sente quando surge, como por 
acaso, o ”Segundo Fôlego”. Não existe dia nem hora marcada para isso 
acontecer, e o corredor tem de estar em grande Forma e passar 
por momentos de enorme esforço até se dar o ”milagre” que o levará a 
sentir-se como em super-forma.
Nesse momento, é esquecido tudo o que de
 penoso possa ter surgido ao longo dos outros quilómetros, ou seja, 
todos aqueles momentos em que a meta pareceu estar cada vez mais 
distante, e uma nova prova parece ter começado, para a qual existe, como
 por encanto, uma enorme determinação e intactas faculdades físicas.
Para se sentir a grandiosidade de 
uma excelente marca pessoal, todo o desportista deverá ter passado por 
essa fantástica sensação, que pode surgir bruscamente ou conforme vamos 
avançando no percurso, possibilitandonos um gosto muito especial pelas 
provas prolongadas. A boca seca, as pernas pesadas e a respiração 
ofegante que nos aperta o peito dão lugar a uma situação completamente 
diversa, toda ela envolta numa enorme frescura e facilidade para 
desenvolver novas e vigorosas passadas. Muitas vezes, o atleta 
julga encontrar-se nos limites das suas reservas, desenvolvendo 
movimentos que induzem o espectador à existência de grande fadiga e, 
no minuto seguinte, a crispação desaparece e novas “asas” obrigam-no a 
imprimir um ritmo em que já ninguém acreditaria, incluindo o próprio 
corredor.
Todo o esforço intenso e prolongado 
leva ao surgimento da fadiga, e isso traduz-se numa inevitável sensação 
de dor. O organismo não é capaz de suportar o esforço e, para 
não continuar a fazê-lo, emite um “alerta” sob a forma de dor, obrigando
 o Ser Humano a parar ou a reduzir a sua passada de deslocação. Quanto 
melhor for a preparação psicofisiológica do indivíduo, maiores serão as 
suas probabilidades de suportar a dor, embora sempre dentro de limites 
razoáveis. Sem o ”travar salutar” através da dor, as melhores marcas 
mundiais nas várias modalidades desportivas atingiriam níveis 
excepcionais, mas também conduziriam muitos dos seus autores à morte. E 
neste quadro complexo que, se torna desejável o aparecimento da dor 
por constituir um verdadeiro sinal de alarme se o desportista estiver em
 condições normais. Dói… Pára-se! Caso contrário, ou seja, sob o 
efeito, por exemplo, de produtos dopantes, os sinais orgânicos de alerta
 serão retardados, aumentando-se, portanto, assustadoramente os perigos 
de graves lesões e até da própria morte.
ENTRE OS 30 E OS 45 MINUTOS …
Para quem tem por hábito 
efectuar treinos de corrida contínua lenta, situação que é cada vez mais
 generalizada entre os praticantes- de corrida em Portugal, naturalmente
 que já deve ter verificado uma sensação diferente volvidos 30 a 45 
minutos de corrida. O organismo parece começar a carburar melhor, a 
respiração torna-se mais fácil e há a impressão de que o treino 
terá começado ali. Isso conduz a uma sensação muito aproximada da que se
 vive quando aparece o “Segundo Fôlego”.
Só que, num treino lento e contínuo, 
esse bem-estar físico que, por vezes, nos surge por volta dos 30 e 
tal minutos de corrida lenta, em equilíbrio de oxigénio, proporciona 
apenas uma pálida noção quando comparada com as 
características fundamentais desse mesmo período no decorrer de uma 
competição.
O Dr. George Sheehan explica-nos 
a sensação de ligeira euforia que se sente num treino de corrida 
contínua lenta pelo facto de, sob o ponto de vista fisiológico, se 
verificar um aumento da circulação cerebral, acompanhado pela melhoria 
de oxigenação desse órgão vital, situação que acaba por conduzir a 
uma secreção de endorfinas, que são produtos suscetíveis de reproduzir 
os efeitos da morfina, uma droga que exerce fortes efeitos no 
nosso cérebro.
Daí não se estranhar que, ao observarmos
 atletas nas suas corridas, fiquemos com a estranha sensação de estarem 
a viver momentos felizes e de difícil compreensão para os que nunca 
seguiram um programa regular de treino de corrida durante vários meses. 
Esta felicidade talvez explique o desejo imperioso que alguns corredores
 sentem de irem correr todos os dias, nem que seja apenas durante 30 ou 
40 minutos. Pois um corredor com anos de prática acaba por ficar, de 
certa maneira, um dependente dessas pequenas doses de endorfinas!
Com o “Segundo Fôlego” não há 
violação das reservas energéticas de qualquer indivíduo, mas, antes, a 
passagem para níveis superiores de produção de energia, os quais só 
estarão acessíveis a atletas possuidores de uma enorme coragem em pleno 
esforço e detentores de invejável Forma física. Esta 
sensação extraordinária surge principalmente em provas com distâncias 
iguais ou superiores a 800 metrose onde, naturalmente, a maior parte do 
esforço é desenvolvido dentro dos chamados parâmetros aeróbios.
AS ESTATÍSTICAS CIENTÍFICAS …
Sabe-se que, regra geral, o 
“Segundo Fôlego” surge muito associado às fases críticas da corrida, as 
quais, de acordo com dados estatísticos já elaborados, têm lugar’ 
nas seguintes fases do desenvolvimento do esforço:
800 m = entre os 60 e 80 segundos
1.500 m = entre o 2.° e o 3.° minuto
3.000 m = entre 2 e 2,5 km
5.000 m = por volta dos 4 km
10.000 m = entre o 7.: e o 8.° km
Meia Maratona = entre os 16 e os 19 km
Maratona = entre o 29.° e o 39.° km
Evidentemente que estes 
valores estatisticos apoiam-se em princípios fisiológicos, mas também 
não podemos esquecer que se tratam de elementos gerais e que cada 
indivíduo é um caso especial, como, aliás, sempre temos referido nestas 
coisas do treino físico. Por outro lado, importa ainda salientar que, 
numa mesma distância, o desportista pode “viver” várias fases críticas, 
muito de acordo com’ a sua condição , física, andamento 
imprimido, experiência pessoal e, ainda, 
condições climatéricas envolventes. Por exemplo, numa prova de 10 km, 
poder-se-ão sentir dificuldades logo ao primeiro quilómetro, para 
surgirem de novo por volta do quarto e, mais uma vez, à passagem do 
oitavo. E isto, mesmo que o atleta se preocupe em manter um 
andamento constante, dado que, no caso do seu objectivo envolver algum 
tema tático especial, então os riscos de passar por maus momentos serão 
bem superiores.
 Por outro lado, à medida que 
vai aumentando a distancia, há que contabilizar, igualmente, a questão 
dos abastecimentos e dos sempre constantes gastos energéticos provocados
 pelo andamento. Por exemplo, na    distância da Maratona, o ponto 
crítico estará situado, como já dissemos anteriormente, entre o 29.0 e o
 39.0 quilómetros, e isso por estar associado a uma fase que corresponde
 a grandes desequilfbrios orgânicos, sendo fundamental um abastecimento 
anterior absolutamente correto.
Quanto menor for a experiência 
do corredor, maiores serão os perigos dos chamados pontos críticos, 
momentos em que qualquer principiante poderá sofrer grandes quebras 
no seu andamento, numa associação direta com a baixa de rendimento 
fisico. É o treino e as muitas centenas de quilómetros percorridos que 
irão reduzir essas fases difíceis, pormenor que, quando o atleta está em
 grande forma, apenas dura alguns segundos.
Em plena corrida, o grande 
problema fisiológico encontra-se intimamente associado ao natural 
equilíbrio entre as necessidades orgânicas, provocadas pelo trabalho 
mecânico. Numa situação de grande cansaço, a frequência dos movimentos 
respiratórios aumenta, assistindo-se, ao mesmo tempo, a uma redução da 
sua amplitude e tudo isto acompanhado pela desregularização dos 
ritmos respiratórios e de esforço.
Com o aparecimento do “Segundo Fôlego”, 
a frequência dos movimentos respiratórios diminui, a amplitude aumenta, o
 que origina uma maior ventilação pulmonar, tudo isto constituindo uma 
fase que é acompanhada pelo sincronismo entre os movimentos I I 
respiratórios e a produção de energia.
1. O PONTO CRÍTICO CARDÍACO
Com o cansaço intenso, as pulsações 
sobrem para valores elevados, nos atletas seniores pode-se atingir as 
190 a 200 batidas cardíacas, situação crítica que não é acompanhada pelo
 aumento do débito sanguíneo. Ao surgir a fase de “Segundo Fôlego”, 
assiste-se à redução do ritmo cardíaco, o que provoca uma circulação 
sanguínea mais eficaz, com consequências sobre o sistema nervoso 
central, que passa a usufruir de melhor irrigação de 
oxigénio, desenvolvido, e as capacidades energéticas disponíveis. Assim,
 se o desportista está em boa Forma, quando surge o ponto crítico é 
quase certo que irá acontecer uma fase de “Segundo Fôlego”.
Por exemplo, um corredor de 3.000 metros
 “vive” um momento difícil, bem particular, por volta dos 2,5 km, altura
 em que, por sentir as suas reservas completamente esgotadas, levam-no a
 convencer-se de que apenas pode terminar a prova se reduzir o ritmo do 
seu andamento. Em semanas de grande Forma, assistir-se-á a um natural 
aparecimento da fase do “Segundo Fôlego”, a possibilitar um espetacular 
andamento nos últimos 400 metros da prova. Se, pelo contrário, a Forma 
for fraca, esses 400 metros constituirão um verdadeiro calvário e serão 
percorridos em inevitável ritmo baixo de passada.
A IMPORTÂNCIA DO AQUECIMENTO
Hoje em dia, são vários os fisiologistas
 que atribuem importância muito especial a um correto aquecimento para 
que o desenrolar do esforço possa vir a decorrer da melhor maneira, e 
isto mesmo no caso da competição ser de 10 ou mais quilómetros, Na 
realidade, o aquecimento é algo que permite melhor adaptação 
do organismo ao esforço, principalmente quando este é intenso e 
violento, para já não focarmos aspetos de índole psicológica, capazes 
de proporcionar níveis mais favoráveis de sofrimento durante a 
competição.
Infelizmente, tanto os corredores de 
Alta Competição como os de pelotão, principalmente quando a distância 
competitiva é grande, esquecem-se, cada vez mais, de como é importante a
 execução de uma correta fase de aquecimento.
A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO
Estar motivado para o desenrolar 
do esforço, quer este seja de curta duração ou demorado, é a grande arma
 de qualquer desportista. A visualização do êxito é algo que também se 
treina nas últimas seis semanas que antecedem a competição. O “ver-se” a
 correr, imaginariamente, nas várias fases da prova, mesmo que isso se 
passe semanas antes do tiro de partida, serve de mentalização 
consciente face ao esforço que vai ser exigido.
É o “filme” que levará o atleta a ter 
pensamentos positivos. Imaginemos, por exemplo, que vamos percorrer 21 
km. Em lugar de começarmos a pensar nasdificuldades que iremos 
certamente encontrar entre os 15 e os 20 km, deveremos “ver” tudo sobe 
um prisma cor de rosa, fácil, vigoroso, em que nós, intervenientes, 
surgimos plenos de energia e nunca como indivíduos em grande dificuldade
 e sob intenso sofrimento. Desta maneira, sob o ponto de vista 
fisiológico, quando surgirem os maus momentos, teremos reservas para 
combater e ultrapassar da melhor. maneira tudo isso.
Caso contrário, isto é, se o “filme” 
que visualizamos da nossa corrida, semanas antes de tudo acontecer, 
primar pelo pessimismo, é certo que, uma vez chegado o ponto crítico, 
mais não estamos do que a confirmar o fatalismo que isso representa.
QUAL O TREINO A APLICAR?
Existem várias maneiras de se preparar 
as provas de meio fundo e fundo e temos de reconhecer antecipadamente 
que umas irão ser melhor do que outras, ou seja, para o atleta X, 
o método Y pode não ser tão bom como o é para o atleta Z. Se isto é uma 
verdade reconhecida por todos, devemos também concordar na existência de
 princípios gerais que podfem servir de excelente base para a esmagadora
 maioria dos adeptos da corrida.
No caso do “Segundo Fôlego”, há 
que encontrar um estímulo físico susceptível de provocar momentaneamente
 forte fadiga para, depois, se poder “reinar” perante o seu 
possível aparecimento. O atleta tem de compreender que, na sua 
preparação mensal, deverá incluir duas ou três sessões de treino muito 
específico, que irão obrigá-lo a especial empenho e a toda uma 
consequente adaptação orgânica. Aliás, se é certo que o treino deve ser 
centrado nas corridas continuas em andamento lento, de forma a poder-se 
trabalhar as capacidades aeróbias, também não podemos esquecer que, por 
vezes, é vital encetar sessões mais fortes que conduzam a estímulos 
físicos superiores.
O Drº’. Hans Selye, no seu excelente 
livro ”The Stress of Life”, diz-nos a determinado passo: “O Ser Humano 
sofre de stresse quando lhe é imposta uma carga, por exemplo, de frio 
ou de calor, e se o indivíduo estiver emocionalmente contrariado, se 
tiver medo, fome, fadiga, o organismo reagirá diretamente em função 
das suas experiências passadas. No fim, o stresse é um estímulo muitas 
vezes desejado, para se poder obter uma reação ou resposta específica.
Quando se está no treino, deve-se, em 
algumas sessões, provocar certos desequilíbrios psicofisiológicos que 
possam conduzir a uma reação de melhor adaptação orgânica, experiência 
essa que, consciente ou inconscientemente, será assimilada e talvez 
aplicada quando surgirem situações semelhantes”. Perante este quadro, 
perguntar-se-á: que tipo de treino se deve efetuar para que o 
possível aparecimento da fase do “Segundo Fôlego” seja uma realidade? No
 quadro dos vários métodos de treino físico, talvez aconselhemos não 
os processos de preparação tendentes à melhoria e aprendizagem dos 
ritmos constantes de corrida, mas, sim, outros que visem o trabalho 
na mudança de ritmos. Através dos quadros em anexo, podem os nossos 
leitores ficar a par de alguns exemplos práticos, capazes de 
aplicação fácil por parte dos atletas de qualquer nível. Trata-se de 
esquemas simples, mas, tal como afirmou o saudoso corredor checo 
Emil Zatopek, “as sessões mais simples de treino são aquelas que acabam 
por proporcionar melhores resultados! “.
Como várias vezes temos afirmado, um bom
 processo de preparação só pode ser considerado como tal quando as 
suas particularidades se adaptam perfeitamente às características 
individuais do atleta, não só no que se refere às suas capacidades 
físicas como, igualmente, à sua experiência de treino, tipo 
de alimentação, grau de repouso, estabilidade familiar, etc.
A nossa proposta aqui fica lançada, 
na certeza de que o melhor caminho para obtenção de objectivos mais 
firmes e de uma Forma física superior residirá na arte de adaptar as 
variantes de treino às particularidades de cada caso pessoal.
A NOSSA PROPOSTA DE TREINOS
A proposta aponta para a utilização dos 
pisos mais variados, isto é, desde áreas sintéticas até ao asfalto, 
passando por pisos de terra batida, relvas etc. O corredor deve seguir 
esta 4 variantes quer integrado num grupo de outros corredores 
quer efetuando a sessão de treino sozinho., embora seja desejável que o 
faça acompanhado por três ou quatro colegas possuidores do mesmo grau de
 Forma física.
Vejamos de maneira prática e di reta as nossas quatro propostas para sessões de treino.
1- Trata-se de um processo em que se 
tenta modelar a velocidade, ou seja, depois de efetuar um aquecimento de
 20 minutos, irá correr 1.000 metros mas tentando variar a velocidade em
 cada trecho de 100 metros. Por exemplo, começará por aplicar uma 
intensidade de 80% para percorrer os primeiros 100 metros, passando, 
depois, para 60, 90 50, 95% etc. Torna-se vital correr de 
forma descontraída , em estilo relaxado, embora por vezes rápido. A 
distância de 1.000 metros deverá ser percorrida três ou quatro vezes, 
verificando um intervalo de cerca de 3 minutos, entre cada fase de 1.000
 metros. Durante este período de intervalo o desportista alternará 
tempos de ligeiríssimo trote com outros de marcha, pois sabe-se que nos 
testes laboratoriais realizados na área da fisiologia humana, 
verifica-se um grau mais elevado de adaptação orgânica quando os 
intervalos da chamada fase de recuperação são realizados em movimento, 
sendo a ligeiro corrida de trote a melhor formula de o fazer.
2- A distância, o número de repetições e
 as pausas, são idênticas ao focado no ponto anterior, com a diferença, 
porém, de que o esforço irá ser feito num esquema de degraus no que se 
refere à intensidade de corrida. Por Exemplo, os corredores começam por 
fazer 100 metros com uma intensidade de 40%, que será aumentada, por 
exemplo, para 45 nos 100 metros seguintes, 50, 60 nas frações seguintes,
 até que a última seja percorrida num grau de velocidade quase máximo, 
embora respeitando sempre a descontracção em pleno esforço. Este 
processo de treino, por degraus, vai obrigar a um desgaste energético 
superior ao citado no ponto 1, onde a modelação da velocidade favorece, 
mesmo em plena corrida, uma melhor recuperação.
3- Agora a proposta envolve uma 
distância de 2 km, a repetir duas vezes e com intervalos de 5 minutos 
ocupados por um trote muito, muito lento. Os atletas irão percorrer em 
ritmo constante, fácil, nos primeiros 1.6000 metros de percurso, para, 
depois nos últimos 400, imprimirem uma nítida e forte mudança de ritmo, 
que será mantido até à meta. Estamos, portanto, perante um 
treino exigente, que só deve ser realizado uma ou duas vezes por mês. A 
nossa regra da descontração durante o esforço, durante as passadas 
continua a manter-se como um ponto chave na boa assimilação deste tipo 
de carga se esforço.
4- A distância será de 5 km, a vencer 
numa cadência inferior à utilizada em competição e haverá apenas uma 
repetição. O ritmo a imprimir deverá rondar os 75% da capacidade máxima 
de momento e os atletas terão por missão mudar bruscamente de ritmo de 
dois em dois minutos e durante 30 segundos. Nessas alturas aplicarão um 
ritmo forte, tal como se estivessem a plena competição de 5 km. Este é 
um tipo de treino que vai jogar muito com as capacidades de 
sofrimento de cada corredor, já que, durante os primeiros minutos, tudo é
 fácil e natural, enquanto que na parte final da sessão as exigências 
físicas são bem superiores e é precisamente nessa fase que este tipo 
de treino assume o principal significado.
Importa deixar claro que, caberá ao 
atleta, ou ao seu treinador escolher quais as duas destas propostas de 
treino mais agradam ao corredor de maneira a que o rendimento atlético 
seja mais proveitoso para o evoluir da sua boa Forma. Hoje sabe-se que a
 componente psicológica associada a uma constante motivação são pontos 
fortes nas componentes do treino físico e, sendo assim, a realização de 
sessões de esforço físico que não são do agrado do praticante acabam por
 ser menos rentáveis do que aquelas cuja componente do prazer estão 
sempre presentes, mesmo nos esforços mais duros

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