Conhecida no meio fisioterapêutico como Kinesio Tape, ou fita terapêutica, é uma técnica que, na verdade, não é nova, tendo sido criada há mais de trinta anos por Kenso Kase,
 Japão; trata-se de uma fita elástica desenvolvida com base na 
cinesiologia, o estudo do movimento. Esta técnica foi desenvolvida 
através da hipótese de que os músculos e outros tecidos poderiam ser 
influenciados por um contato externo.
As fitas não têm nada de medicamentoso, 
isto é, não vêm impregnadas com nenhuma substância analgésica. São fitas
 elásticas adesivas hipoalergénicas, feitas de material poroso, não têm 
função de imobilização e podem expandir até 130% do seu tamanho, só 
crescendo no sentido longitudinal. As fitas 
actuam fazendo estímulos elásticos na pele que são transmitidos às 
camadas mais profundas, promovendo uma ligeira tração na área onde for 
aplicada. A fita mantém a comunicação com os tecidos mais profundos 
através de mecanorreceptores encontrados na derme e epiderme.

A fita é aplicada com diversos objetivos:
• Diminuição da dor e da sensação de desconforto;
• Promover suporte durante a contração muscular;
• Diminuir a congestão do fluxo linfático;
• Diminuir o extravasamento sanguíneo para o subcutâneo;
• Ajudar na correção de desvios articulares;
• Promover auxílio na contração muscular.
• Promover suporte durante a contração muscular;
• Diminuir a congestão do fluxo linfático;
• Diminuir o extravasamento sanguíneo para o subcutâneo;
• Ajudar na correção de desvios articulares;
• Promover auxílio na contração muscular.

Este tratamento, preventivo ou curativo,
 não é algo «milagroso», tendo as suas limitações; poder-se-á encarar 
como mais uma ferramenta no meio desportivo, pois melhora a performance,
 acelera o retorno à prática desportiva e não se regista que prejudique.
 A ação placebo associada à utilização desta fita também existe e, como 
qualquer tratamento, deverá ser feito por um profissional habilitado, 
destacando-se os fisioterapeutas e ortopedistas.
Existe uma técnica específica para a 
colocação das fitas e que podem variar não só com a articulação como 
também com o objetivo a ser atingido. Exemplificando: aplicando no 
sentido da origem para inserção do músculo, dá mais suporte muscular e 
ajuda na contração; aplicando da inserção para a origem, ajuda a relaxar
 o músculo e melhora lesões musculares. Podem ser aplicadas em «Y», em «I», em «X» ou «teia de aranha» (ver fotos).

A fita pode ser usada durante ou após os
 treinos e dura até cinco dias, mesmo que seja molhada no banho. A 
título de referência, algumas marcas existentes no mercado são: Nitto 
Denko, Temtex, KT Tape, Kinesio Tex Gold, 3NS Tex e Mueller.
Por fim, destaca-se o modo de aplicação desta fita em algumas lesões comuns em corredores.
a) Tendinite do Tendão-de-Aquiles (Proteção do tendão do uso excessivo).
1. Cortar um pedaço de fita medindo do topo da panturrilha à sola do calcanhar. Arredondar as pontas com a ajuda de uma tesoura;
2. Flexionar o pé. Ainda com a folha 
protetora colada à fita, colocar uma ponta da tira na sola do calcanhar.
 Pressionar o dedo na fita, na parte superior do tendão-de-Aquiles 
(alguns centímetros acima do tornozelo);
3. A partir do topo da fita, cortar a tira ao meio na vertical até onde ficou a marca do dedo;
4. Remover a folha protetora da parte 
não cortada da fita. Colar a fita na sola do calcanhar e, com o 
tornozelo flexionado, esticar colando no tendão-de-Aquiles.
5. Remover a folha protetora das partes 
cortadas da fita e colar (sem esticar) nas partes externa e interna da 
panturrilha, formando um “V”.
b) Fascite plantar (Apoio ao arco do pé para aliviar a dor).
1. Cortar um pedaço de fita 
suficientemente longo para ir desde a parte de trás do calcanhar até um 
pouco antes dos dedos do pé, no metatarso. Não remover a folha 
protetora;
2. Cortar a fita na forma de «quatro 
dedos», sem cortar alguns centímetros em uma das pontas, que servirá 
para cobrir o calcanhar;
3. Cortar outro pedaço de fita suficientemente longo para cobrir o metatarso e arredondar os cantos com a ajuda de uma tesoura;
4. Retirar a folha protetora da fita que
 não foi cortada e colocá-la atrás do calcanhar. Flexionar o tornozelo e
 puxar os dedos dos pés para cima com a mão. Retirar a folha protetora 
correspondente aos dedos, uma de cada vez, e colar ao longo da sola do 
pé de maneira uniforme, sem esticar a fita. Retirar a folha protetora da
 segunda tira e colar no metatarso para apoiar os dedos.
c) Joelho de corredor (Diminuição da tensão sobre o tendão patelar).
1. Cortar 10 centímetros de fita, arredondar os cantos e remover a folha protetora;
2. Segurar as pontas da fita nas duas mãos, esticando o meio da fita e colar logo abaixo da patela/sobre o tendão patelar;
3. Alisar os cantos da fita de encontro à pele.
d) Canelite (Alívio da inflamação nas canelas).
1. Cortar um pedaço de fita de 30 a 45 centímetros, arredondar todos os cantos e remover a folha protetora;
2. Flexionar o pé. Colar uma ponta da 
fita junto ao dedo mindinho. Passar a fita na sola, no ponto mais alto 
do arco e em volta da parte de cima do pé. Em seguida, levar a fita até a
 frente da canela;
3. Cortar 15 centímetros de fita com 
largura de 3 centímetros, colando uma ponta da fita sobre a fita 
existente no lado externo do pé, flexionando-o e colar a fita firmemente
 sobre o arco.

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