Sete motivos para correr uma maratona
"Para
 ganhos fisiológicos já basta a preparação para a meia-maratona. Não há 
novos ganhos físicos ao dobrar a distância. Mas o benefício psicológico,
 sem dúvida, é único após os 42 km”, afirma o cardiologista Edmar 
Santos, da Sociedade Brasileira de Cardiologia e mestre em Medicina 
Interna e Terapêutica da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). 
“Não existe uma resposta certa para o porquê de uma maratona. Assim como
 não existe uma resposta errada. Cada motivo é único”, do livro 
“Marathoning for Mortals”, de John Bingham e Jenny Hadfield:
1.      O maratonista aprende a desenvolver pequenas metas (mensais, semanais e até diárias) e a organizar-se melhor.
2.      O
 treino longo pode ser uma positiva e construtiva forma de egoísmo. 
Naquele momento a pessoa aprende a fazer por ela mesma. Isso gera 
autoconfiança e segurança de saber que é capaz.
3.      O
 corredor tem de dizer ‘eu concluí’. Não existe prazer maior que este. 
“Na corrida, não importa se é o primeiro a chegar, se chega à meio do 
pelotão, ou se está entre os últimos” — Fred Lebow, corredor e um dos 
fundadores da Maratona de Nova Iorque.
4.      Depois de uma maratona, tudo na vida fica menos complicado. Os problemas ganham proporções muito menores.
5.      É uma experiência de superação que pode ser levada para a vida profissional e pessoal.
6.      Treinar para fazer o melhor é a mais saudável forma de competição.
7.      Muitas
 pessoas correm para relaxar da realidade; outras para provar a si 
mesmas que são capazes; e algumas para encontrar os próprios limites.
 http://www.honoris.pt/sportscience_pt/index.php/40-pagina-inicial/artigos-lsms/6-motivos-para-correr-maratona
1. O maratonista aprende a desenvolver pequenas metas (mensais, semanais e até diárias) e a organizar-se melhor.
2. O treino longo pode ser uma positiva e construtiva forma de egoísmo. Naquele momento a pessoa aprende a fazer por ela mesma. Isso gera autoconfiança e segurança de saber que é capaz.
3. O corredor tem de dizer ‘eu concluí’. Não existe prazer maior que este. “Na corrida, não importa se é o primeiro a chegar, se chega à meio do pelotão, ou se está entre os últimos” — Fred Lebow, corredor e um dos fundadores da Maratona de Nova Iorque.
4. Depois de uma maratona, tudo na vida fica menos complicado. Os problemas ganham proporções muito menores.
5. É uma experiência de superação que pode ser levada para a vida profissional e pessoal.
6. Treinar para fazer o melhor é a mais saudável forma de competição.
7. Muitas pessoas correm para relaxar da realidade; outras para provar a si mesmas que são capazes; e algumas para encontrar os próprios limites.
A felicidade de correr uma maratona do início ao fim
Olho de novo, surpresa total, de repente foi como se estivesse a correr no paredão num qualquer fim de tarde de Verão, um arrepio enorme cá dentro, uma gratidão, um constatar: km 42. Consegui
Texto de
        Ana Faustino Ferreira • 
                                15/10/2013 - 16:40 
Não há como fugir e se dissesse o contrário estaria a mentir e a 
armar-me em valente: foi duro. Foi duro desde o início, umas semanas 
antes, quando vi que não iria conseguir preparar-me minimamente, não que
 eu o faça habitualmente, mas não era uma corrida qualquer, seriam 42 
quilómetros. 42 quilómetros nos quais faltam relatos de pessoas que 
desistem, pessoas que se sentem mal, pessoas que se lesionam, pessoas 
que estão bem preparadas, algumas das quais que fazem disto vida.
Nunca havia tempo para treinar, as corridas feitas tinham uns tempos
 miseráveis, a alimentação não era a desejada para estar no top no dia 
seis, as horas de sono foram sempre negligenciadas, na semana antes mais
 ainda. 
Andava preocupada que fosse fazer aquilo "de cabeça" — como costumo 
fazer tudo —, mas que isso tivesse implicações irreversíveis. Pensei em 
não ir por várias vezes. Pensei em ir e " de certeza que vou desistir 
aos 15 km".  Pensei em não ir "porque não quero desistir a meio pois não
 é algo de que goste".
Além das pessoas que inevitavelmente sabiam (apenas duas), a mais 
ninguém disse.  À família fui dizendo que teria uma corrida dia seis 
(mais uma pensavam eles). Cerca de duas semanas antes fui sendo mais 
específica, tive uma abordagem bipolar, ora gostava de falar sobre "a 
corrida", ora tentava mudar de assunto. Mas, interiormente, fui 
procurando apoio, motivação, precisava do arrepio, tive-o, tenho-o.
O dia vinha-se aproximando, cinco dias antes iniciei uma nova etapa a
 nível profissional, a minha cabeça andava em todo o lado menos na 
corrida. No dia cinco é que tomei consciência do que iria fazer, aí, uma
 vez mais, procurei o apoio, obtive-o, a palavra "obrigada" não chega, 
quem eu precisava estava lá.
No dia 6 madruguei, a "carga cinegética" a crescer, começar a manha a
 rir foi especial, a dizer disparate, a descontrair. O percurso para a 
corrida iniciou-se, a companhia descontraída foi vital, o incentivo 
continuou, uma maneira diferente.
A corrida começa, chiça, "ainda nem 10 km fizemos e parece que já 
fiz os Pirineus para cima e para baixo", Algés marca a metade do 
percurso, "raios, ainda falta metade", Cais do Sodré parecia que estava 
no jogo de computador e alguém com o cursor a eliminar "bonequinhos", 
corredores a parar, a abrandar, a desistir, tentei não olhar e 
continuar, estava no km 30. "Já não falta tudo", penso, "como terá sido a
 meia maratona", "de certeza que foi essa que fez", "depois quando tiver
 o telefone ligo logo para saber". Fui correndo e viajando nos 
pensamentos, ajudou, Santa Apolónia, quero água, a dada altura a agua 
parecia insuficiente, era a cada três quilómetros mas para mim parecia o
 dobro, "calma, agora não vais baixar os braços", reduzi um pedacinho a 
passada, km 36, "só faltam oito", ainda faltavam oito!
Objectivo: manter o passo de corrida, curva para a esquerda para 
virar para o Parque das Nações, rotunda, já não sabia a quantas andava, 
estava a correr em modo automático, estava sem noção espacial ou 
temporal.
Uma camisola vermelha aparece-me ao lado, km 39, olho, não percebi, 
olho de novo, surpresa total, de repente foi como se estivesse a correr 
no paredão num qualquer fim de tarde de Verão, em passada lenta e à 
conversa e a rir, um arrepio enorme cá dentro, uma gratidão, um 
constatar: km 42. Consegui, terminei, não acredito, estou bem, normal, 
só queria o gelado, era o mínino que podia fazer, toma, é um Magnum.
Arrepiante, não é para quem quer, é para quem tem a felicidade de o sentir.
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